Medeia Negra (2018): corpo feminino que canta e grita
José Ramón Castillo | Cleiser Schenatto Langaro
Florianópolis, v.1, n.50, p.1-24, abr. 2024
Medeia Negra
(2018): corpo feminino que canta e grita1
José Ramón Castillo2
Cleiser Schenatto Langaro3
Resumo
Medeia Negra (2018) concebida e interpretada por Marcia Lima, em Salvador, Bahia, baseada
na reescritura do mito grego, concede voz ao corpo feminino negro, apagado pela violência
da colonização/escravidão, na invisibilidade do sistema penitenciário. Nesta versão ela cria
uma personagem feita de frases, vivências e depoimento de mulheres privadas de liberdade.
O objetivo deste estudo consiste em revisar os conceitos e dispositivos cênicos usados para
representar esse corpo forçosamente silenciado, que retorna transformado em fragmentos
de histórias, barulhos, gritos, espectros e canções.
Palavra-chave
: Mito. Teatro. Corpo feminino negro.
Medeia Negra
(2018): black female body that sings and screams
Abstract
Medeia Negra (2018), conceived and performed by Marcia Lima, in Salvador, Bahia, based on
the rewriting of the Greek myth, gives voice to the black female body, erased by the violence
of colonization/slavery, in the invisibility of the penitentiary system. In this version she creates
a character made up of phrases, experiences and testimony from women deprived of their
freedom. The objective of this study is to review the concepts and scenic devices used to
represent this forcibly silenced body, which returns transformed into fragments of stories,
noises, screams, specters and songs.
Keyword:
Myth. Theater. Black female body.
Medeia Negra
(2018): cuerpo femenino negro que canta y grita
Resumen
Medeia Negra (2018), concebida e interpretada por Marcia Lima, en Salvador, Bahía, a partir
de la reescritura del mito griego, da voz al cuerpo femenino negro, silenciado por la violencia
de la colonización/esclavitud, en la invisibilidad del sistema penitenciario. En esta versión
crea un personaje compuesto por frases, vivencias y testimonios de mujeres privadas de su
libertad. El objetivo de este estudio es revisar los conceptos y dispositivos escénicos
utilizados para representar este cuerpo forzosamente silenciado, que regresa transformado
en fragmentos de historias, ruidos, gritos, espectros y canciones.
Palabra clave
: Mito. Teatro. Cuerpo femenino negro.
1 Revisão ortográfica, gramatical e contextual do artigo realizada por Luciana Vedovato doutora em Letras
Universidade Federal de Rio Grande do Sul, mestre em estudos da Linguagem Universidade Estadual de
Londrina, graduação em Letras Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão-PR.
http://lattes.cnpq.br/8763315059585223
2 Doutorando em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE);
bolsista CNPQ 2021-2023. Mestre em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-
Americana (UNILA) (Brasil). Mestre em Literatura Latino-americana e do Caribe da Universidad de Los Andes
2004 (Venezuela). Especialização em Relações Bilaterais Brasil-Paraguai na UNILA. Diretor de Teatro,
dramaturgo e docente. josecas99@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/4700797169398024 https://orcid.org/0000-0001-9298-7073
3 Doutorado em Letras – Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).
Mestrado em Letras – Linguagem e Sociedade pela UNIOESTE. Graduação em Letras pela UNIOESTE.
Professora da UNIOESTE curso de Letras e junto ao Programa de Pós-Graduação Sociedade, Cultura e
Fronteiras. cleiserschenatto@hotmail.com
http://lattes.cnpq.br/2455961417762465 https://orcid.org/0000-0003-4741-6006