A historiadora entre os vivos e os mortos; entre o Norte e o Sul
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180316432024e0101Palavras-chave:
Batalha de Argel, desaparecimento forçado, políticas de memóriaResumo
A Batalha de Argel, mais corretamente chamada pelos historiadores de "a grande repressão de Argel" (Gilbert Meynier), marcou um ponto importante, a ponto de ser o símbolo, para uma parte do mundo, da guerra de independência da Argélia. Juntamente com meu colega Fabrice Riceputi, realizo um trabalho de história colaborativa sobre as desaparecimentos forçados durante a Batalha de Argel. No site do projeto, criamos uma página para cada pessoa desaparecida identificada e lançamos um apelo às famílias para que confirmem o destino de cada uma. Desde então, fomos contatados por dezenas de famílias: às vezes, elas enviam a foto da pessoa, fornecem depoimentos escritos ou nos enviam documentos que mantiveram. Em nossas pesquisas como historiadores do tempo presente, desempenhamos papéis que nem sempre nos são próprios. Para dizer de outra forma, tocamos nos limites de nossa disciplina e circulamos entre os vivos e os mortos. Esse é o tema deste artigo.
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