Do silenciamento ao artivismo: a presença indígena nos museus de história

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DOI :

https://doi.org/10.5965/2175180316422024e0102

Mots-clés :

arte indígena contemporânea

Résumé

Este artigo propõe uma reflexão sobre a presença indígena nos museus de história no tempo presente, analisando especialmente as exposições sobre indígenas no Brasil, inauguradas e inseridas no circuito de longa duração de dois museus na cidade do Rio de Janeiro: o Museu Histórico Nacional e o Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, em 2023 e 2022, respectivamente. As duas experiências contaram com a curadoria compartilhada do artista indígena Denilson Baniwa. O foco nos museus de história tomou como referência a concepção de Ulpiano Bezerra de Meneses, para quem os objetos de museu devem ser tomados como documentos históricos, e o museu compreendido como parte constituinte da vida social. O artigo contextualiza os dois museus para, em seguida, analisar aspectos das referidas exposições, interrogando sobre uma possível virada decolonial nessas experiências, que se confrontam com a história dessas instituições, bem como com a narrativa hegemônica do restante das suas exposições de longa duração.

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Brenda Coelho Fonseca, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, premiada na Edição 2021 do "Prêmio Melhores Teses do PPGH-UNIRIO". É professora substituta no Departamento de História na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Atualmente realiza estágio de pós-doutorado com a pesquisa “Memórias silenciadas: patrimônio, museu e cidade” (Bolsa PDJ - CNPq/FAPERJ), no Programa de Pós-Graduação em História, da UNIRIO. Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, onde cursou a graduação (bacharelado e licenciatura) em História. Foi investigadora do Centro de Estudos Sociais - CES, da Universidade de Coimbra, onde integrou a equipe do projeto ECHOES - European Colonial Heritage Modalities in Entangled Cities, financiado pela Comissão Europeia - Programa Horizon 2020 (2018-2022). Foi investigadora visitante (Bolsa Capes) do Centro em Rede de Investigação em Antropologia de Portugal (CRIA). Tem experiência na área de História do Brasil, com ênfase em Patrimônio Cultural, atuando principalmente nos seguintes temas: práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil; políticas de memória; patrimônios e museus; interseções entre patrimônio e história do trabalho; cultura visual e fotografia; Unesco e patrimônio mundial. É autora do livro “Operários do patrimônio: práticas e lutas nos canteiros da memória” (Fino Traço Editora, 2022).

Márcia Regina Romeiro Chuva, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

É Historiadora. Professora Associada IV da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, onde atua na graduação e na pós-graduação. É também professora no Programa de Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Especialista em estudos críticos do patrimônio, suas pesquisas focam atualmente nas políticas de memória, patrimônio e museus com ênfase nos debates pós-coloniais. De 2018 a 2022, coordenou a equipe brasileira do projeto ECHOES European Colonial Heritage Modalities in Entangled Cities - Horizon 2020, integrado ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES UC). Foi coordenadora do Grupo de Trabalho de História e Patrimônio da ANPUH Brasil (2017-2019). Foi pesquisadora visitante no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2019-2020) e fez Estágio Senior no Exterior na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com bolsa Capes (2014-2015). Dentre suas principais publicações, destaca-se o livro Os Arquitetos da Memória (2 ed. UFRJ, 2017). Pesquisadora de Produtividade - CNPq-Brasil. Cientista do Nosso Estado - Faperj.

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Publiée

2024-10-10

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FONSECA, Brenda Coelho; CHUVA, Márcia Regina Romeiro. Do silenciamento ao artivismo: a presença indígena nos museus de história. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 16, n. 42, p. e0102, 2024. DOI: 10.5965/2175180316422024e0102. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180316422024e0102. Acesso em: 21 nov. 2024.