A constituição da faculdade de educação/UFRGS em tempos de ditadura militar (1970 - 1985)
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180305102013317Resumen
A pesquisa busca aproximações das memórias de uma instituição de ensino superior, a Faculdade de Educação/UFRGS. Procura compreender como, no presente, os sujeitos professores rememoram o tempo vivido naquela instituição, investigando as marcas que ela deixou. Interessam os significados atribuídos pelos narradores às suas vivências na Faculdade e os modos como compõem suas reminiscências. O estudo insere-se no campo de investigações da História da Educação, sendo esta uma componente da história das práticas culturais e do cotidiano social, e identifica-se com os pressupostos teóricos da História Cultural. A metodologia fundamenta-se na História Oral, trabalhando-se as narrativas de memória como documento. Ao longo das entrevistas com professores, os quarenta anos da Faculdade de Educação foram rememorados de três temas principais que emergiram nas narrativas: as greves das décadas de 1980 e 1990, a importância da Faculdade como espaço de constituição da identidade docente e, entre os mais antigos servidores, as lembranças da época da ditadura militar vividas no cenário da Universidade, temática que aqui nos propomos a analisar. Portanto, neste estudo, refletimos acerca das implicações da ditadura militar na constituição e no cotidiano da Faculdade da Educação, nos anos 1970 e início dos anos 1980, investigando os processos identitários da Faculdade de Educação que se constitui enquanto importante espaço de formação docente no Rio Grande do Sul. Tomamos como fontes da pesquisa entrevistas realizadas com docentes da FACED, entrevistas publicadas em periódicos e um documentário produzido por ocasião dos trinta e cinco anos da Faculdade de Educação.
Palavras-chave: Memórias docentes. História da educação. História das instituições educativas.