Educação e Ditadura (1964-1985): povos indígenas da (na) Amazônia, os temas sensíveis, crimes de lesa-humanidade e Direitos Humanos
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180317442025e0202Palavras-chave:
direitos humanos, ensino, indígenasResumo
A ditadura, que perdurou no Brasil entre 1964 e 1985, esteve diretamente vinculada à prática de graves violações aos Direitos Humanos, ataques contra trabalhadores, organizações e população urbana, cujas consequências se perpetuam na atualidade. Porém, as violações atingiram os povos originários (indígenas e afrodescendentes) em diferentes partes do país, especialmente na Amazônia, onde os grandes projetos desenvolvimentistas assentavam-se na exploração dos recursos naturais, como nos casos da extração do minério e da produção agropecuária. Os diferentes grupos étnicos que objetivamente sofreram as remoções forçadas, as mortes por doenças, ataques, envenenamentos, dentre outras possíveis violações, ainda atravessam um processo de questionamentos sobre seus territórios. Por isso, a importância da discussão a respeito das violações aos Direitos Humanos no espaço escolar, apresentando uma contraposição ao processo hegemônico de invisibilidade dos povos originários e distorções dos processos e evidências no Ensino de História.
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