Tensões curriculares e narrativas: o ensino de História da América Latina
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180304022012128Palavras-chave:
educação, políticas públicas, currículo, formação histórica, juventudesResumo
Este trabalho versa sobre parte das análises resultantes da pesquisa intitulada “A Escola e os jovens no mundo contemporâneo: processos de formação histórica latino americana” desenvolvida em duas escolas na cidade de Florianópolis, de 2009 a 2011. Essas escolas são públicas e campos de estágio de formação inicial de professores de História da Universidade Federal de Santa Catarina. A pesquisa empírica foi desenvolvida junto aos jovens da sétima série do Ensino Fundamental e investigou a formação da consciência histórica latino americana. Para esseartigo, especificamente, o foco é a relação entre as escolhas curriculares para o Ensino de História, das duas escolas e a inferência delas nas narrativas dos estudantes acerca da História latino americana. Busca-se uma leitura conceitual de currículo, a partir dos Estudos Culturais, que permite a percepção de tensões políticas na construção de pertencimentos e identidades dos jovens e que foram expressas em suas narrativas sobre a América Latina. As análises aqui apresentadas dão visibilidade às disputas na construção de memórias e identidades, no interior do currículo, que atuam na orientação da vida presente dos jovens e na construção de perspectivas de futuros. Neste movimento são realizadas escolhas que mobilizam determinados saberes de acordo com os sujeitos que se deseja formar e as identidades que se pretende construir.
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