Entrevista com Gisele Girardi: em busca de outras cartografias na educação brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5965/19847246262024e0602Resumo
Nascida às margens plácidas do córrego do Ipiranga, na cidade de São Paulo, no ano de 1970, ingressou no curso de Geografia em 1987, na Universidade de São Paulo (USP). A opção pela Geografia deveu-se ao sonho de menina de ser arqueóloga, uma profissão que significava ser cientista, descobrir coisas e viajar. Como não havia curso de graduação em Arqueologia naquele momento, a Geografia era uma das opções de cursos que forneceriam fundamentos para a Arqueologia.
Na graduação, o gosto pela matemática e pelo desenho técnico converteram as disciplinas de Cartografia em campo de interesse. A partir daí todas as experiências de estágio, de atuação na área técnica (no Laboratório de Cartografia da USP e no Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo), na docência em nível superior, em pesquisas – na graduação e na pós-graduação foram com a Cartografia, possibilitando compreender e problematizar as dimensões técnicas da disciplina e buscar por fundamentos de natureza teórica e metodológica, da Geografia, na Cartografia e em outras ciências com interfaces.
Desde 1998 é professora da área de Cartografia da Universidade Federal do Espírito Santo, atuando nos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Geografia. Desde 2020 é professora titular na mesma universidade.
Downloads
Referências
CRAMPTON, Jeremy W.; KRYGIER, John. An introduction to critical cartography. ACME: An international e-journal for critical geographies, [s. l.], v. 4, n.1, p.11-33, 2006.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 1995. v. 1.
DUARTE, Ronaldo Goulart. Educação geográfica, cartografia escolar e pensamento espacial no segundo segmento do ensino fundamental. 2016. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
GIRARDI, Gisele. Para que a cartografia escolar mude sem ficar a mesma coisa. História, Natureza e Espaço, [Duque de Caxias], v. 12, n. 1, p. 1-20, 2023.
HARVEY, David. Space as a keyword. In: CASTREE, Noel; GREGORY, Derek (org.) David Harvey: a critical reader. Malden e Oxford: Blackwell, 2006. p. 270-294.
KITCHIN, Rob; PERKINS, Chris; DODGE, Martin. Thinking about maps. In: KITCHIN, Rob; PERKINS, Chris; DODGE, Martin (eds.) Rethinking maps. London: Routledge, 2009. p. 1-25.
KITCHIN, Rob. From mathematical to postrepresentational understandings of cartography: forty years of mapping theory and praxis in Progress in Human Geography. Progress in Human Geography, [s. l.], p. 1-7, 1 Dec. 2014. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/epub/10.1177/0309132514562946. Acesso em: 01 mar. 2025.
KOLLEKTIV Orangotango (ed.). This is not an atlas: a global collection of counter-cartographies. Bielefeld: Transcript Verlag, 2018.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Learning to think spatially: GIS as a support system in the K-12 curriculum. Washington: National Research Council Press, 2006.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Annual report of the United Nations High Commissioner for Human Rights. [Washington, DC]: UN, 2013.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Washington, DC: ONU, 1948.
SPERLING, David Moreno. Você (não) está aqui: convergências no campo ampliado das práticas cartográficas. Indisciplinar, [s. l.], v. 2, p. 77-92, 2016.
WOOD, Denis. Cartography is dead (Thank god!). Cartographic Perspectives, [s. l.], n. 45, p. 4-7, 2003.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 PerCursos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.