Nuvem : Plataforma : Extração

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DOI :

https://doi.org/10.5965/1984724621452020005

Résumé

O presente texto traça um esboço de mapeamento cognitivo ou análise de conjuntura, inspirado nas estratégias de Fredric Jameson e Lawrence Grossberg, respectivamente, acerca da condição contemporânea quanto à emergência do “nevoeiro”. O papel central das plataformas digitais − em especial pela tecnologia das nuvens − gera um ambiente em que há aparente transparência, mas código-fonte e algoritmo permanecem ocultos. Tem-se, assim, uma sensação de penumbra, nevoeiro ou trevas descritas por autores como James Bridle, Guilherme Wisnik, Benjamin Loveluck, entre outros. A partir desse cenário, pensa-se a operação translúcida levada a cabo pelas plataformas, baseado em Nick Srnicek, Shoshana Zuboff e Jaron Lanier, como uma forma sutil de extrativismo de dados, aproximando-a dos estudos sobre o Capitaloceno, de Jason Moore. Finalmente, propõe-se que o fenômeno bummer, mal-estar relacionado à captura de dados pelas plataformas, está ligado à extração da própria identidade como matéria-prima, nomeando o extrativismo identitário e tomando como sua face material o mal-estar no corpo.

Palavras-chave: Computação em nuvem. Plataforma. Algoritmo. Extrativismo. Identidade.

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Biographie de l'auteur

Moysés Pinto Neto, Universidade Luterana do Brasil

Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil.

Doutor em Filosofia pela PUCRS, com estágio-sanduíche no Centre for Research in Modern European Philosophy (Inglaterra).

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Publiée

2020-07-02

Comment citer

NETO, Moysés Pinto. Nuvem : Plataforma : Extração. PerCursos, Florianópolis, v. 21, n. 45, p. 05–23, 2020. DOI: 10.5965/1984724621452020005. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/1984724621452020005. Acesso em: 21 nov. 2024.