A financeirização e os seus reflexos sobre grandes grupos têxteis de Blumenau e Brusque

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DOI:

https://doi.org/10.5965/19847246262025e0303

Palabras clave:

financeirização, indústria têxtil, estrutura acionária, Santa Catarina

Resumen

Este artigo analisa os reflexos da financeirização mundial sobre grandes empresas têxteis selecionadas de Blumenau e Brusque, principais cidades do Vale do Itajaí (SC), conhecido reduto do setor têxtil. O estudo é fundamentado em um referencial teórico sobre financeirização, transformações do capitalismo e do setor têxtil, usando dados empíricos entre 1990 e 2021, com foco na composição acionária das empresas, processos de falência e recuperação judicial, além de uma análise qualitativa, que abarca a história econômica da região e as dinâmicas regionais e globais mais recentes, contribuindo para o entendimento de algumas das principais mudanças no desenvolvimento regional do Vale do Itajaí. Foram analisadas as empresas Buettner, Cremer, Hering e Teka. Observaram-se diferentes trajetórias: algumas empresas históricas da região ou faliram ou enfrentaram processos de recuperação judicial, enquanto em outros casos a financeirização acabou levando ao fim do controle familiar sobre os negócios.

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Biografía del autor/a

Vanessa Follmann Jurgenfeld, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

 

                                                                                                   

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Publicado

2025-08-29

Cómo citar

JURGENFELD, Vanessa Follmann. A financeirização e os seus reflexos sobre grandes grupos têxteis de Blumenau e Brusque. PerCursos, Florianópolis, v. 26, p. e0303, 2025. DOI: 10.5965/19847246262025e0303. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/26608. Acesso em: 1 sep. 2025.

Número

Sección

Dossiê 2025/3 "VII Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade"