Negritude a varejo ou quando uma etiqueta é assimétrica: estratégias necropolíticas no campo das artes

Autores/as

  • Rodrigo Pedro Casteleira Fundação Universidade Federal de Rondônia
  • Jefferson Campos Centro Universitário Metropolitano de Maringá - UNIFAMMA. Universidade Estadual de Maringá.

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984724620442019095

Resumen

Neste artigo, tematizamos os modos de (in)existência da negritude no interior do projeto colonizador de produção de conhecimento, arte e cultura na contemporaneidade. Nosso objetivo é o de compreender em que (des)medida algumas produções artísticas, ao tematizar a negritude, são rubricadas por autorias brancas, estas, sustentadas por efeitos de verdade produzidas no campo do fazer artístico. Nossa empreitada elege como objeto de análise a obra “Polvo”, produzida em 2013, pela artista plástica Adriana Varejão, e parte do questionamento que se delineia da seguinte forma:  quais são as estratégias empregadas pela lógica colonial na manutenção das relações de poder estabelecidas no âmbito das artes, de modo que a existência negra se apague tanto no nível autoral, quanto no nível epistêmico da cultura? A partir de uma proposta teórico-analítica de caráter decolonial, cujas bases, são, necessariamente, um modo de inscrição negra no campo de produção de conhecimento, foi possível compreender que o etiquetamento universal, no campo artístico, se trata de uma espécie de estratégia necropolítica de apagamento da autoria negra no âmbito das práticas estabelecidas no campo cultural e artístico. 

Palavras-chave: Arte brasileira. Negros - Identidade racial.  Etiqueta universal..

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Biografía del autor/a

Rodrigo Pedro Casteleira, Fundação Universidade Federal de Rondônia

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá (2006), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Maringá (2014) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2018). Atualmente é professor da Fundação Universidade Federal de Rondônia, no Departamento de Pedagogia, em Vilhena. Membro dos seguintes grupos: Núcleo de Pesquisas e Estudos em Diversidade Sexual (Nudisex), da Universidade Estadual de Maringá; Núcleo De Estudos Interdisciplinares Afro Brasileiros (Neiab), da Universidade Estadual de Maringá e Hibiscus, Grupo de Pesquisa e Extensão sobre Gêneros, Discursos e Comunicação na Amazônia Ocidental, da Universidade Federal de Rondônia.

Jefferson Campos, Centro Universitário Metropolitano de Maringá - UNIFAMMA. Universidade Estadual de Maringá.

Mestre. Docente da área de linguagens e metodologia da pesquisa científica no Centro Universitário Metropolitano de Maringá -  UNIFAMMA. Doutorando no Programa de Pós-Graduaçãoem Letras da UEM e  do Grupo de Estudos em análise do discurso da UEM (GEDUEM-CNPq).  

Publicado

2020-03-13

Cómo citar

CASTELEIRA, Rodrigo Pedro; CAMPOS, Jefferson. Negritude a varejo ou quando uma etiqueta é assimétrica: estratégias necropolíticas no campo das artes. PerCursos, Florianópolis, v. 20, n. 44, p. 95–111, 2020. DOI: 10.5965/1984724620442019095. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/1984724620442019095. Acesso em: 22 nov. 2024.