Imagens do Brasil: precursores e redescobertas do mito da brasilidade
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724622502021091Palabras clave:
história, cultura, identidade, brasilidade, pensamento socialResumen
Este texto, de cunho ensaístico, analisa as maneiras como, entre meados dos anos 1920 e meados dos anos 1960, se delinearam formas de definir o “ser” da cultura brasileira, notadamente a partir do esforço interpretativo de alguns intelectuais selecionados. Para tanto, discute perspectivas a respeito da identidade do Brasil lançadas por intelectuais tais como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Alcântara Machado, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Ariano Suassuna. De modo específico, observa as maneiras como se opuseram, no cenário intelectual, as perspectivas de modernismo propostas pelos grupos paulistas e pernambucanos que, nesse cenário, disputavam o protagonismo no processo. Empiricamente, foram utilizados materiais hemerográficos, produção literária e ensaios culturais de época. Em termos de referenciais historiográficos, foram utilizados autores tais como Manoel Luiz Salgado Guimarães, Renato Ortiz, Mônica Pimenta Velloso e Eric Hobsbawm.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 2011.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. A feira dos mitos: a fabricação do folclore e da cultura popular (Nordeste 1920-1950). São Paulo: Intermeios, 2013.
A., M. de. Pianolatria. Klaxon: mesário de arte moderna, São Paulo, n. 1, p. 08, maio 1922. (Chronicas)
ANDRADE, Oswald. Manifesto antropófago. Revista de Antropofagia, São Paulo, ano 1, n. 1, p. 03, maio 1928.
BRITO, Fábio Leonardo Castelo Branco. Visionários de um Brasil profundo: invenções da cultura brasileira em Jomard Muniz de Britto e seus contemporâneos. Teresina: EDUFPI, 2018.
CARDOSO, Fernando Henrique. Pensadores que inventaram o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
CASTELO BRANCO, Edwar de Alencar. Todos os dias de Paupéria: Torquato Neto e a invenção da Tropicália. São Paulo: Annablume, 2005.
CAVALCANTE JÚNIOR, Idelmar Gomes. Inventário de uma memória consagrada: Benjamin Santos nos interstícios do teatro pernambucano (1960-1970). Tese (Doutorado em História Social) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2017.
EKSTEINS, Modris. A sagração da primavera: a Grande Guerra e o nascimento da era moderna. Tradução: Rosaura Eichenberg. Rio de Janeiro: Rocco, 1991.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Tradução: Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Loyola, 2012.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regimen da economia patriarchal. Rio de Janeiro: Maia & Schmidt, 1933.
FREYRE, Gilberto. Manifesto regionalista. Recife: FUNDAJ: Massagana, 1996.
FREYRE, Gilberto. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1989.
FREYRE, Gilberto. Talvez poesia. São Paulo: Global, 2012.
FREYRE, Gilberto. Vida social no Brasil nos meados do século XIX. São Paulo: Global, 2009.
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Historiografia e nação no Brasil: 1838-1857. Tradução: Paulo Knauss e Ina de Mendonça. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011.
HOBSBAWM, Eric J. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). Tradução: Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Elementos básicos da nacionalidade: o homem. In: MOREIRA, Pedro; EUGÊNIO, João Kennedy (org.). Sérgio Buarque de Holanda: perspectivas. Campinas: UNICAMP; Rio de Janeiro: EdUERJ, 2008. p. 617-637.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1936.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Tradução: Wilma Patrícia Maas e Carlos Almeida Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto; PUC-Rio, 2006.
MACHADO, António de Alcântara. Abre-alas. Revista de Antropofagia, São Paulo, ano 1, n. 1, p. 01, maio 1928.
M., J. Uma licção de Carlito. Klaxon: mesário de arte moderna, São Paulo, n. 3, p. 14, jul. 1922. (Cinemas)
MORAES, Rubens de. Balanço de fim de seculo. Klaxon: mesário de arte moderna, São Paulo, n. 4, p. 12-13, ago 1922.
NASCIMENTO, Francisco de Assis de Sousa. Teatro dialógico: Benjamin Santos em incursão pela História e Memória do Teatro Brasileiro. 2009. 240 p. Tese (Doutorado em História Social) – Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2009.
NOGUEIRA, Maria Aparecida Lopes. O cabreiro tresmalhado: Ariano Suassuna e a universalidade da cultura. São Paulo: Palas Atena, 2002.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PALLARES-BURKE, Maria Lúcia. Gilberto Freyre: um vitoriano nos trópicos. São Paulo: UNESP, 2005.
QUEIROZ, Rachel de. A aceitação da ‘nordestinidade’ agora inadiável. O Estado de S. Paulo, São Paulo, p. 40, 25 nov. 1988.
ROCHA, Glauber. Riverão Sussuarana. Rio de Janeiro: Record, 1978.
SANTOS, Benjamin. Conversa de camarim: o teatro no Recife na década de 1960. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 2007.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SILVA, Fábio Lopes da. Freyre & Foucault: Casa-grande & senzala como microfísica do poder. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais, Uberlândia, v. 3, n. 3, p. 01-20, jul./set. 2006.
SKIDMORE, Thomas. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro (1870-1930). Tradução: Donaldson M. Garschager. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
SUASSUNA, Ariano. Auto da Compadecida. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.
SUASSUNA, Ariano. Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta. Rio de Janeiro: José Olympio, 2014.
SUASSUNA, Ariano. Seleta em prosa e verso. Organização: Silviano Santiago. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.
TAVARES, Braulio. ABC de Ariano Suassuna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007.
TODOROV, Tzdetan. A conquista da América: a questão do outro. Tradução: Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
VELLOSO, Mônica Pimenta. História e modernismo. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
VELOSO, Caetano. O mundo não é chato. Apresentação e organização: Eucanaã Ferraz.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 PerCursos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.