Uma reflexão sobre desenvolvimento e sustentabilidade: quando o bem-estar social se torna sinônimo de consumo
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724619412018008Abstract
O objetivo deste texto é problematizar o conceito do desenvolvimento na lógica capitalista, segundo a qual o bem-estar social é resultante única e exclusivamente das condições materiais. Nesse sentido, abordaremos duas questões importantes para a análise: i) a relação do local com o global, considerando que o sistema capitalista impõe perdas de condições locais de desenvolvimento a partir da premissa da globalização, estabelecendo uma ruptura entre as condições de acumulação do presente e as condições para o controle dos impactos socioambientais, pareando bem-estar social e consumo como sinônimos; ii) o impacto desse modelo para a sustentabilidade, ou seja, a relação entre o poder de consumo de uma sociedade, seu bem-estar e o meio ambiente. Referimo-nos a um tipo de ação econômica que repercute e se desdobra numa padronização da vida e do trabalho enquanto mercadoria, pasteurizando o cotidiano e moldando o espaço a fim de transformar o trabalho em mercadoria equivalente. Qualquer sociedade que encare essa lógica de forma distinta é associada ao atraso, à condição de uma sociedade fora das condicionantes do progresso. Aqui, propomos pensar o desenvolvimento a partir do pressuposto de que se faz necessário desglobalizar, des-homogeneizar o consumo, pensar os modelos locais, o lugar e suas particularidades, suas tecnologias, seus costumes, as capacidades de articulação e hibridação entre o local e o global, reconhecendo que natureza e cultura não são domínios separados e independentes.
Palavras-chave: Bem-estar Social. Globalização. Sustentabilidade. Desenvolvimento.
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