A educação de jovens e adultos trabalhadores dentro e fora da escola – contribuições de Gramsci e Freire para a reflexão sobre a realidade no Brasil

Resumo

Este artigo apresenta parte das reflexões da pesquisa de pós-doutorado intitulada: As contribuições de Gramsci para a reflexão sobre a formação dos trabalhadores – desafios filológicos e tradutórios, compartilhada no seminário organizado pelo IGS/Itália, cujo tema foi Gramsci, Freire e a educação. A pesquisa foi um esforço duplo, comprometido com a tradução de textos inéditos para o português e com a articulação de categorias Gramscianas no campo da educação. A pesquisa foi um esforço duplo, engajado na tradução de textos inéditos para o português e na articulação das categorias de Gramsci no campo da educação. Procuramos identificar as implicações do pensamento de Gramsci para a reflexão sobre a educação dos trabalhadores e sobre a educação de jovens e adultos no Brasil, bem como destacar as ligações com o estado atual desses escritos e com o pensamento de Paulo Freire, patrono da educação brasileira. Entende-se, portanto, que o estudo das categorias Gramscianas como subalternidade, hegemonia e intelectuais repercute na especificidade das pesquisas que abordam os temas supracitados. A reflexão destaca o papel das escolas públicas como espaço de mediação para a produção de conhecimento, na formação de professores, na “conformação” destes últimos a um projeto social do qual são muitas vezes “mensageiros” e “reprodutores”, nem sempre considerando que podem ter outro “papel social” na construção de outro projeto, reconhecendo-se assim num processo dialético entre o conformismo imposto e o conformismo dinâmico.