Um estudo comparativo dos processos de derivação prefixal e composição na gramática tradicional
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724618372017092Resumo
Este trabalho apresenta uma análise do processo de formação de palavras, baseada apenas nos processos de derivação prefixal e composição, examinando a controvérsia que existe nas gramáticas que ora tratam uma palavra como derivada ora como composta. Autores que estudam a morfologia da língua portuguesa têm observado que essa controvérsia ocorre especificamente em palavras prefixadas, que, em uma gramática, são tratadas como composição, mas, em outra, como derivação, e não veem perspectivas de mudança, porque as gramáticas tradicionais são cópias de gramáticas antigas e essa tradição dificulta a revisão e a adoção de novas posições. Além disso, a gramática tradicional é tomada como autoridade, por isso muitas vezes apenas apresenta uma lista de palavras sem explicá-las e omite aquilo para o que não tem explicação ou que questionaria a sua proposta de análise. Sendo assim, a possibilidade de mudanças na gramática tradicional é um vislumbre ainda que esses “prefixos”, sincronicamente, tenham perdido sua significação e o falante da língua não reconheça, na palavra, duas unidades mínimas significativas. Esses aspectos são discutidos nesse trabalho, em que é feito um levantamento de dados em duas gramáticas tradicionais e discutidos à luz de estudos morfológicos atuais sobre derivação prefixal e composição, a fim de propor uma abordagem que contemple aspectos desconsiderados nas gramáticas tradicionais sobre esse tema.
Palavras-chave: Gramática. Composição. Derivação. Prefixação.
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