Resenha: Viver de Música em Salvador – Músicos profissionais na capital do Brasil Afro!

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530409012024e0109

Resumen

Este livro necessário e maravilhoso do etnomusicólogo Jeff Packman – infelizmente (ainda) não disponível em português – se debruça sobre o trabalho diário de músicos e musicistas, na sua maioria negros/as em Salvador da Bahia. Com base num trabalho de campo intenso que se estendeu por mais de uma década, o livro explora a vida profissional dos músicos locais, que se encontram numa situação de trabalho instável e flexível, enfatizando questões de raça, classe social e política cultural em relação a sua produção musical profissional. Entre bares, clubes e restaurantes, desfiles e trios de Carnaval, festivais, palcos de concertos e estúdios de gravação, a capacidade dos músicos ganharem um salário digno, depende da sua navegação nas cenas musicais e das suas condições sociais que são profundamente atravessadas pelas mazelas históricas da colonização e da escravatura.

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Biografía del autor/a

Katharina Döring, Universidade do Estado da Bahia

Graduação em Educação Musical (2000) e mestrado em Etnomusicologia (2002) pela Universidade Federal da Bahia; doutorado em Educação (2011) com ênfase em Arte-Educação pela Universidade Siegen - programa INEDD. Desde 2002 professora assistente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) para as disciplinas Arte-Educação, Iniciação Musical, Processos de Criação, Artes Visuais na Contemporaneidade, Referencias teóricas e metodológicas do Ensino de Artes e Ludicidade. Pesquisadora do Samba de Roda do Reconcavo Baiano, trabalha na interface de Etnomusicologia, Educação Musical e Artes, com ênfase na transdisciplinaridade em músicas, artes e culturas populares, tradição - contemporaneidade no samba de roda/samba chula, tradições cênico-poético-musicais de matriz africana, danças circulares.

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Publicado

2024-10-24

Cómo citar

DÖRING, Katharina. Resenha: Viver de Música em Salvador – Músicos profissionais na capital do Brasil Afro!. Orfeu, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. e0109, 2024. DOI: 10.5965/2525530409012024e0109. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/25710. Acesso em: 23 nov. 2024.