As vozes da letra na fonosfera grega: um estudo sobre os cantares da Antiguidade
DOI:
https://doi.org/10.5965/2525530404012019184Palabras clave:
Vocalidade, Gêneros lítero-musicais, Composição auralResumen
A historiografia da Antiguidade grega apresenta música e linguagem intimamente associadas. As fórmulas métricas pressupõem artifícios mnemônicos e indicam a preponderância da dimensão aural das performances sobre a escrita. Haveria características intrínsecas da língua grega que amoldariam as possibilidades melódicas? Ao ser colocada a questão do elo música-palavra, a seguinte rede temática será evidenciada: como se forma a ressonância melódico-textual? De que modo se dá, no canto, a convergência de elementos rítmico-melódicos, semânticos e performáticos? Ora propomos um estudo do elo canto-palavra desde os vestígios de canções gregas notadas com a escrita musical antiga. A problematização das relações entre o ritmo musical, a melodia e a métrica poética põe à mostra possíveis características das inflexões vocálicas como arquétipos específicos de performances e composições. Pela perspectiva da filosofia humanista da música (LIPPMAN, 2006), entende-se a vocalidade grega como um rito. A partir desse prisma, é possível interpretar as práticas composicionais e os vestígios de performances nas canções, considerando os valores antrópicos – mitopoéticos e catárticos – que se expressam nos gêneros lítero-musicais.Descargas
Citas
ADRADOS, Francisco Rodríguez. La lírica grega. Madrid: Alianza editorial, 1981.
ADRADOS, Francisco Rodríguez. The agôn and the origin of tragic chorus. Urbana: Illinois Press, 1975.
AGUILAR, Omar Augusto Robles. Nietzsche y el origen musical de la literatura griega. La Colmena: Revista de la Universidad Autónoma del Estado de México, n. 80, p. 71-76, 2013.
ANTHON, Charles. Greek prosody and metre. New York: Harper and Brothers, 1838.
BÉLIS, Annie. Bélis Annie. Un papyrus musical inédit au Louvre. Comptes rendus des séances de l’Académie des Inscriptions et Belles-Lettres, 148ᵉ année, n. 3, p. 1305-1329, 2004. Disponível em: http://www.persee.fr/doc/crai_0065-0536_2004_
num_148_3_22786. Acesso em: 16 maio 2019.
BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma história social da mídia. Trad. Maria Carmelita P. Dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
BURKE, Peter. O que é história cultural. Trad. Maria L. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
FOLEY, John Miles. The theory of oral composition. Bloomington: Indiana University Press, 1988.
GAMBERINI, Leopoldo. La parola e la música nell’antichità: confronto fra documenti musicali antichi e dei primi secoli del Medio Evo. Firenze: L.S. Olschki, 1962.
GIBSON, Sophie. Aristoxenus of Tarentum and the birth of musicology. New York: Routledge, 2005.
HAVELOCK, Eric. Preface to Plato. Harvard: Belknap Press, 1963.
HESÍODO. Os trabalhos e os dias. Trad. Luís Otávio F. Mantovaneli. São Paulo: Odysseus, 2011.
HESÍODO. Teogonia. Trad. Christian Werner. São Paulo: Hedra, 2013.
HUFFMAN, Carl A. (Ed.). Aristoxenus of Tarentum. New Brunswik: Rutgers University, 2012.
JARDIM, Antonio. Música: vigência do pensar poético. Rio de Janeiro: 7Letras, 2005.
KIRK, G. S. The songs of Homer. London: Cambridge University Press, 1962.
LIPPMAN, Edward. A humanistic philosophy of music. New York: NYU Press, 2006.
LLEDÓ ÍÑIGO, Emilio. El concepto ‘poíesis’ en la filosofía griega. Heráclito, sofistas, Platón. Madrid: Consejo superior de investigaciones científicas, Instituto Luis Vives de filosofía, 1961.
LORD, Albert. The singer of tales. New York: Atheneu, 1971.
MANTOVANELI, Luís Otávio Figueiredo. Apresentação. In: HESÍODO. Os trabalhos e os dias. Trad. Luís Otávio F. Mantovaneli. São Paulo: Odysseus, 2011.
MASLOV, Boris. The Dialect Basis of Choral Lyric and the History of Poetic Languages in Archaic Greece. Norwegian journal for Greek and Latin studies, n. 87.1, p. 1-29, 2013. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/00397679.2013.822726. Acesso em: 12 jun. 2019.
PEREIRA, Aires Manuel Rodeia dos Reis. A mousiké: das origens ao drama de Eurípedes. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001.
PLATÃO. Íon. Trad. Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
PÖHLMAN, Egert; WEST, Martin L. Documents of ancient Greek music. The Extant Melodies and Fragments Edited and Transcribed with Commentary. Oxford: Clarendon Press, 2001.
ROCCONI, Eleonora. Aristoxenus and musical ethos. In: HUFFMAN, Carl A. Aristoxenus of Tarentum. New Brunswik: Rutgers university, 2012. p. 65-90.
SERRA, Ordep. Hinos órficos: perfumes. São Paulo: Odysseus, 2015.
STIGA, K.; KOPSALIDOU, E. Music and traditions of Thrace (Greece): a trans-cultural teaching tool. DEDiCA – Revista de Educação e Humanidades, n. 3, p. 145-164, mar. 2012. Disponível em: http://revistaseug.ugr.es/index.php/dedica/article/view/709. Acesso em: 11 jun. 2019.
STRUNK, Oliver (Ed.). Source readings in music history: from classical antiquity through the romantic era. New York: W. W. Norton Company, 1959.
TOMÁS, Lia. Ouvir o logos: música e filosofia. São Paulo: Unesp, 2002.
WEST, L. On the text of Greek musical fragments. Analecta Musica. Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik. p. 1-54. Bonn, 1992. Disponível em: http://ifa.phil-fak.unikoeln.de/zpe.html. Acesso em: 5 maio 2019.
YUAN, J. Fragment with musical notation. The Oxyrhynchus. Oxford, 2005.
ZUMTHOR, Paul. Introduction à la poésie orale. Paris: Éditions du Seuil, 1983.
ZUMTHOR, Paul. La letra y la voz de la “literatura” medieval. Trad. Julián Presa. Madrid:
Catedra, 1989.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 ORFEU

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
 
							




 Este site está licenciado sob uma licença
 Este site está licenciado sob uma licença 