Pianistas ou Pianeiros: duas interpretações do tango Fon Fon de Ernesto Nazareth

Autores

  • Paula Zimbres Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530404022019169

Palavras-chave:

Ernesto Nazareth, piano, erudito e popular

Resumo

Ernesto Nazareth ocupa posição exemplar nos debates em torno da dicotomia erudito-popular que são cruciais para a compreensão da cultura brasileira ao longo dos séculos XIX-XX. Tendo vivido, segundo Elizabeth Travassos, “no limiar entre os dois mundos”, sua obra, que hoje é parte do repertório canônico tanto de músicos eruditos quanto populares, exemplifica a possibilidade da sobreposição de valores e procedimentos pertinentes a ambas as esferas. Este trabalho analisa duas gravações de sua peça Fon-Fon!(uma de Eudóxia de Barros, datada de 1963, e outra de André Mehmari, em 2013) procurando detectar os recursos interpretativos por meio dos quais cada uma das gravações enfatiza os valores centrais de sua área de atuação – a fidelidade à partitura e à intenção do autor, pela pianistade formação erudita; e a liberdade de expressão pessoal característica do pianeirovinculado à música popular. Concluímos, entretanto, que, ao se pautar por um determinado conjunto de valores, cada um acaba por reforçar e expressar também valores pertinentes ao outro campo.

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Biografia do Autor

Paula Zimbres, Universidade de Brasília

Bacharel em Composição Musical e mestre em Musicologia pela Universidade de Brasília. Professora de contrabaixo popular e prática de conjunto na Escola de Música de Brasília.

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Publicado

2019-12-20

Como Citar

ZIMBRES, Paula. Pianistas ou Pianeiros: duas interpretações do tango Fon Fon de Ernesto Nazareth. Orfeu, Florianópolis, v. 4, n. 2, p. 169–189, 2019. DOI: 10.5965/2525530404022019169. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/1059652525530404022019169. Acesso em: 22 dez. 2024.