O estranhamento como estratégia para o ensino/aprendizagem de Arte
DOI:
https://doi.org/10.5965/2358092525252021024Palavras-chave:
Estranhamento, Ensino/aprendizagem, ArteResumo
Este artigo traz a discussão acerca de uma proposição para o ensino/aprendizagem de arte fundamentada na ideia de se provocar estranhamentos como estratégia para, entre outras questões, aguçar a percepção e alimentar discussões acerca da arte. O ponto de partida para a elaboração desta proposta foi um incômodo provocado por inscrições na parede de uma igreja - durante uma viagem a Ouro Preto (MG) – que se revelou potente para desencadear o que Paulo Freire chama de curiosidade epistemológica. Ou seja, algo que nos instigue tende a gerar questões e catalisar a construção de sentido para o processo de aprendizado. Na busca por referências que pudessem trazer pistas para refletir sobre a relação entre o estranhamento provocado por algumas imagens com as quais nos deparamos no nosso cotidiano e os processos de construção de conhecimento em arte, a discussão ganhou corpo com a ideia de curto-circuito de Jacques Rancière, em diálogo com as proposições de educação crítica e problematizadora de Paulo Freire, bell hooks e Ana Mae Barbosa e ainda com as concepções de arte urbana de Vera Pallamim.
Downloads
Referências
BARBOSA, Ana Mae T. A imagem no ensino da arte. SP: Perspectiva, 2014.
BARBOSA, Ana Mae T. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998.
CEARA, Alex de Toledo; DALGALARRONDO, Paulo. Jovens pichadores: perfil psicossocial, identidade e motivação. Psicol. USP, São Paulo , v. 19, n. 3, p. 277-293, set. 2008. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51772008000300002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 04 fev. 2019.
FREIRE, Paulo. À sombra desta mangueira. SP: Olho d'água, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. SP: Paz e Terra, 1996.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. SP: Martins Fontes, 2013.
MACEDO, J. G; PIMENTEL, L. G. Arte emoldurada - aproximações e subversões numa perspectiva intercultural. 23º Encontro da ANPAP - "Ecossistemas Artísticos". Belo Horizonte. p.576-588/2014. Disponível em: http://www.anpap.org.br/anais/2014-old/ANAIS/ANAIS.html#. Acesso em 20 de fevereiro de 2019.
PALLAMIN, Vera M. Arte Urbana; São Paulo: Região Central (1945-1998): obras de caráter temporário e permanente. SP: Fapesp, 2000.
PIMENTEL, L. G. Novas territorialidades e identidades culturais: o ensino de arte e as tecnologias contemporâneas. 21o Encontro ANPAP - |Subjetividades, Utopias e fabulações. Rio de Janeiro, p.765-771/2011. Disponível : http://www.anpap.org.br/anais/2011/pdf/ceav/lucia_gouvea_pimentel.pdf. Acesso em: 18 de fevereiro de 2019.
RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. SP: Martins Fontes, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista NUPEART
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores cedem os direitos sobre suas obras a Revista NUPEART para a publicação dos originais baixo uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Esta revista, seguindo as recomendações do movimento de Acesso Aberto, proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento.