Os acessórios afiados da putinha terrorista: moda, gênero e autodefesa em Lyz Parayzo
DOI :
https://doi.org/10.5965/25944630632022e2274Mots-clés :
Ativismo artístico, Objetos vestíveis, Dissidência de gêneroRésumé
O objetivo é examinar produções recentes da multiartista brasileira Lyz Parayzo que envolvem joalheria e outros objetos vestíveis. O foco específico da análise é a série de flyers intitulada “Putinha Terrorista” (2016-2018). Analisam-se os textos e imagens fotográficas incluídas nos flyers, em especial quando objetos vestíveis de autoria da própria artista aparecem como elementos de figurino. A análise evidencia a maneira como Lyz Parayzo faz intenso uso de códigos da Moda para produzir uma arte ativista em prol da população transvestigênere. A contribuição do estudo decorre do fato de não haver, até onde pudemos avaliar, pesquisas que tenham analisado a obra de Lyz Parayzo especificamente pela perspectiva da Moda.
Téléchargements
Références
ARAÚJO, Emanuel. A arte da sedução: sexualidade feminina na colônia. In: DEL PRIORE, Mary (org.). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2013.
BENTO, Berenice. Transviad@s: gênero, sexualidade e direitos humanos. Salvador: EDUFBA, 2017.
CRANE, Diana. Ensaios sobre moda, arte e globalização cultural. São Paulo: Senac, 2011.
ENTWISTLE, Joanne. The fashioned body: fashion, dress, and modern social theory. UK: Polity Press, 2000.
FERREIRA, Debora Armelin. A arte como arma em território hostil: enfrentamentos nas produções de Lyz Parayzo. Cidades, Comunidades e Territórios, Lisboa, n. 39, p.1-17, 2019.
KUNZLE, David. Fashion and Fetishism: Corsets, Tight-Lacing and Other Forms of Body-Sculpture. London: The History Press, 2013.
LATTAVO, Patrícia. A participação do espectador: de Lygia Clark à contemporaneidade. O Fermento Revista, 02 dez. 2020. Disponível em: http://ofermentorevista.com.br/2020/12/02/100-anos-de-lygia-clark/. Acesso em: 12 jun. 2022.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global Editora, 1986.
McCLINTOCK, Annie. Couro Imperial: Raça, Gênero e Sexualidade no Embate Colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.
MOMBAÇA, Jota. Rumo a uma redistribuição desobediente de gênero e anticolonial da violência! In: PEDROSA, Adriano; MESQUITA, André (Org.). Histórias da sexualidade: antologia. São Paulo: Edições MASP, 2017. p. 301-310.
MORANDO, Luiz. Enverga mas não quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte. Uberlândia: O Sexo da Palavra, 2020.
PASTORAL DA MULHER DE BELO HORIZONTE (2012, nov. 30). A propaganda da prostituição perante a legislação penal. Disponível em: http://pastoraldamulherbh.blogspot.com/2012/11/a-propaganda-da-prostituicao-perante.html. Acesso em: 10 jun. 2022.
PEDROSA, Adriano; RJEILLE, Isabella; LEME, Mariana (org.). Histórias das mulheres, histórias feministas. São Paulo: Edições MASP, 2019.
QUEIROZ, Tania; MOSS, Angela. Lyz Parayzo: artista do fim do mundo. Performatus, Inhumas, vol. 5, n. 17, n.p., 2017.
QUINALHA, Renan. Contra a moral e os bons costumes: a ditadura e a repressão à comunidade LGBT. São Paulo: Cia. das Letras, 2021.
STEELE, Valerie. Fashion and eroticism: ideals of feminine beauty from the victorian era through the aazz age. Oxford: Oxford University Press, 1985.
STEELE, Valerie. Fetish: fashion, sex & power. Oxford: Oxford University Press, 1996.
TINOCO, Bianca. “Eu sou o melhor que eles têm”: a potência de Lyz Parayzo, puta-pornô-terrorista. Anais do XXXVIII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, Florianóplis, 2019.
TREVISAN, João Silvério. Devassos no paraíso: a homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2018.
WOLF, Naomi. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2021.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Emerson Silva Meneses, Martin Jayo 2022

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
- Les auteurs conservent les droits d’auteur et concèdent à la revue le droit de première publication, l’œuvre étant simultanément mise à disposition sous la Licence Creative Commons Attribution 4.0 International, qui autorise:
1. Le partage — la copie et la redistribution de la matière sous toute forme ou support, pour toute utilisation, y compris commerciale.
2. L’adaptation — le remixage, la transformation et la création à partir du contenu, pour toute utilisation, y compris commerciale. Le concédant ne peut révoquer ces libertés tant que vous respectez les conditions de la licence.
Conformément aux conditions suivantes:
1. Attribution — Vous devez créditer de manière appropriée l’œuvre, fournir un lien vers la licence et indiquer si des modifications ont été effectuées. Cette attribution doit être faite dans toute circonstance raisonnable, sans toutefois suggérer que le concédant vous soutient ou soutient votre utilisation de l’œuvre.
2. Aucune restriction supplémentaire — Vous ne pouvez appliquer des conditions légales ou des mesures techniques qui restreindraient juridiquement autrui d’accomplir tout acte permis par la licence. - Le plagiat, sous toutes ses formes, constitue une pratique de publication contraire à l’éthique et est inacceptable. Cette revue utilise le logiciel de contrôle de similarité iThenticate.