Blanchot, levinas e a “Escritura do desastre” nas Artes Visuais contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.5965/1808312905072010135Keywords:
palavra, infinito, rosto, enigma, obscuridadeAbstract
A inscrição da palavra nas obras plásticas contemporâneas tem sido uma constante. Desde a década de sessenta, a palavra, inserida nas artes visuais, assume uma conotação enigmática diante da constatada perda de sua função essencial de escritura. Nas obras plásticas contemporâneas que fazem uso da palavra não podemos dizer qual é a definitiva vocação dessas palavras, ou dessa escritura. São palavras para serem lidas? Palavras para serem vistas? Investigar que palavra é essa que se apresenta anexada a outro suporte e aparentemente despossuída de sua função primordial faz parte da proposta do presente artigo. Para tanto, esta investigação pauta-se nos pensamentos de Emmanuel Levinas e Maurice Blanchot, ambos dedicados a pensar a palavra como um Infinito, conceito que abre uma possibilidade ímpar de investigar a palavra como uma escritura que se apresenta de outro modo de ser, ou como uma “escritura do desastre”, conforme declara Blanchot. Para tanto escolhemos obras de três artistas, Betânia Silveira, Claudia Telles e Rosângela Rennó, para fazer parte deste diálogo investigativo.
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