O ensino de matemática para autistas por meio de atividades com materiais manipuláveis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2357724X12232024e0104

Palavras-chave:

autismo, matemática, manual de atividades, cognição numérica

Resumo

A Matemática é uma atividade inerente ao ser humano e é praticada espontaneamente, pois representa parte importante do seu comportamento. Desse modo, este artigo tem como objetivo analisar de que forma um manual para o ensino de matemática para autistas, por meio de atividades com materiais manipuláveis, pode contribuir para o contexto de ensino. No encaminhamento metodológico foi utilizada a abordagem qualitativa, sendo que a implementação do manual foi desenvolvida por meio de um curso de extensão, do qual participaram professores que atuam na Educação Especial e, necessariamente, trabalham com estudantes autistas. Assim, por meio dos excertos analisados, observou-se que o manual produzido despertou o interesse dos participantes, o que é um aspecto positivo, e permite compreender que ele pode contribuir significativamente para o ensino de Matemática para alunos autistas e, também, para promover o desenvolvimento da Cognição Numérica nesses alunos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvia Andréa Prado Bernardino , Universidade Estadual do Norte do Paraná

Mestre em Ensino pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Professora da Escola Municipal Procopense (EMP) - Paraná.

Marília Bazan Blanco, Universidade Estadual do Norte do Paraná

Professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus de Cornélio Procópio. Doutora em Psicologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

João Coelho Neto, Universidade Estadual do Norte do Paraná

Professor edo Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus de Cornélio Procópio. Doutor em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR).

Referências

ALMEIDA, G. M. de. Adaptações curriculares para um aluno com transtorno do espectro do autismo: estudo de caso. 2021. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/14232. Acesso em: 09 fev. 2022.

ALMEIDA, G. M. R. de. As contribuições dos recursos tecnológicos no processo de ensino aprendizagem do autista. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, [São Paulo], v. 7, p. 16-34, 2019. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/contribuicoes-dos-recursos. Acesso em: 19 set. 2020.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BARBOSA, H. H. de J. Sentido de número na infância: uma interconexão dinâmica entre conceitos e procedimentos. Paidéia, Ribeirão Preto, v. 17, n. 37, p. 181-194, ago. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/paideia/a/G7vZzJzmf6wVRqxPNsMwLNH/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 09 fev. 2022.

BOSA, C. A. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Rev. Bras. Psiquiatr, [s. l.], v. 28, p. 47-53, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/FPHKndGWRRYPFvQTcBwGHNn/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 09 fev. 2022.

BRANDE, C. A.; ZANFELICE, C. C. A inclusão escolar de um aluno com autismo: diferentes tempos de escuta, intervenção e aprendizagens. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 25, n. 42, p. 43-56, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/3350/3099. Acesso em: 09 fev. 2022.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 152, n. 127, p. 2-11, 07 jul. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 07 out. 2019.

CARDOSO, T. da S. G; MUSZKAT, M. Aspectos neurocientíficos da aprendizagem matemática: explorando as estruturas cognitivas inatas do cérvero. Rev. Psicopedagia, São Paulo, v. 35, n. 106, p. 73-81, 2018. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicoped/v35n106/09.pdf. Acesso em: 09 fev. 2022.

CHIOTE, F. de A. B. Inclusão da criança com autismo na educação infantil. Rio de Janeiro: Wak, 2013.

CIVARDI, J. A.; SANTOS, E. A. (org.). Educação, matemática e inclusão escolar: perspectivas teóricas. 1. ed. Curitiba: Appris, 2018.

COELHO NETO, J.; BLANCO, M. B. O uso das tecnologias digitais educacionais para auxiliar pessoas com discalculia: uma abordagem no contexto educacional. Espacios, [s. l.], v. 38, n. 60, p. 29-38, 2017.

COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.

CUNHA, E. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar. Rio de Janeiro: Wak, 2013.

DEHAENE, S. Number sense: how the mind creates mathematics. Oxford: Oxford University Press, 1997.

DOS SANTOS, Josely Alves et al. Pessoas com transtorno do espectro autista e a utilização dos jogos no processo de ensino e aprendizagem da matemática. Revista Valore, [s. l.], v. 5, p. 135-152, set. 2020.

FONTELES, D. S. R. Avaliação de habilidades matemáticas de alunos com transtornos do espectro do autismo. 2012. 261 f. Tese (Doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2012.

GEARY, D. C. From infancy to adulthood: the development of numerical abilities. European Child & Adolescent Psychiatry, Columbia, v. 1, n. 9, p. 11-16, jan. 2000. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs007870070004. Acesso em: 28 jan. 2022.

GLAT, R.; PLETSCH, M. D. Inclusão escolar de alunos com necessidades especiais. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012.

HAUSER, M.; SPELKE, E. Evolutionary and developmental foundations of human knowledge. In: GAZZANICA, M. (org.). The cognitive neuroscience. 3. ed. Cambridge: MIT Press, 2004. p. 853-864.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo demográfico 2000: características gerais da amostra. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2000.

KLIN, A. Autismo e Síndrome de Asperger: uma visão geral. Rev. Bras. Psiquiatr, [s. l.], v. 28, p. 3-11, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbp/a/jMZNBhCsndB9Sf5ph5KBYGD/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 02 fev. 2022.

LARA, I. C. M. Ensino inadequado de matemática. Ciências e Letras, [s. l.], n. 35, p. 137-152, mar./jul. 2004.

LORENA, A. B. de; CASTRO-CANEGUIM, J. de F.; CARMO, J. dos S. Habilidades numéricas básicas: algumas contribuições da análise do comportamento. Estudos de Psicologia, Natal, v. 3, n. 18, p. 439-446, jul. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epsic/a/pYyGPKVDjnzXdrH6Zp5GRLL/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 09 fev. 2022.

LORENZATO, S. Educação infantil e percepções matemática. Campinas: Autores Associados, 2006.

MAGALHÃES, C. de J. S et al. Práticas inclusivas de alunos com TEA: principais dificuldades na voz do professor e mediador. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 1031-1047, 2017. DOI: 10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10386. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/10386. Acesso em: 09 fev. 2022.

MELO, C. C. S de. Estratégias pedagógicas direcionadas ao aluno com autismo no ensino fundamental. Revista Caparaó, [s. l.], v. 1, n. 1, p. 1-25, 2019. Disponível em: https://revistacaparao.org/caparao/article/view/5/5. Acesso em: 09 fev. 2022.

MIX, K. S. Habilidades iniciais em operações com números: a transição dos primeiros meses de vida até a primeira infância. Enciclopédia Sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância, [s. l.], v. 1, n. 1, p. 1-7, jun. 2010. Disponível em: https://www.enciclopedia-crianca.com/pdf/expert/operacoes-com-numeros/segundo-especialistas/habilidades-iniciais-em-operacoes-com-numeros-transicao. Acesso em: 09 fev. 2022.

MOLINA, J. et al. Cognição numérica de crianças pré-escolares brasileiras pela ZAREKI-K. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 23, n. 1, p. 123-135, 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2015000100010. Acesso em: 28 jan. 2022.

MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. Ijuí: Unijuí, 2016.

MUNIZ, C. A. Brincar e jogar: enlaces teóricos e metodológicos no campo da educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

ROTTA, N. T. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: aspectos clínicos. In: ROTTA, N. T. et al. (org.). Transtorno da aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016. p. [275-286].

SANTOS, A. M. T. dos. Autismo: desafios na alfabetização e no convívio escolar. 2008. 36 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Distúrbios de Aprendizagem) – Centro de Referência em Distúrbios de Aprendizagem, São Paulo, 2008. Disponível em: https://doczz.com.br/doc/27051/autismo--desafio-na-alfabetiza%C3%A7%C3%A3o-e-no-conv%C3%ADvio-escolar. Acesso em: 10 fev. 2022.

SANTOS, F. H. et al. Cognição numérica: contribuições à pesquisa clínica. In: PRADO, P. S. T. do; CARMO, J. dos S. (org.). Diálogos sobre ensino-aprendizagem da matemática: abordagens pedagógica e neuropsicológica. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016. p. 63-91.

SANTOS, T. C. dos. Discutindo a base nacional comum curricular brasileira: uma análise sobre a educação inclusiva no ensino de ciências da natureza. 2020. 57 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Química) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.

SILVA, M. do C. B. de L.; BROTHERHOOD, R. de M. Autismo e inclusão: da teoria à prática. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA CESUMAR, 5., 2009, Maringá. Anais [...]. Maringá: Cesumar, 2009. p. 1-5. Disponível em: https://www.unicesumar.edu.br/epcc-2009/wp-content/uploads/sites/77/2016/07/maria_carmo_bezerra_lima_silva.pdf. Acesso em: 03 nov. 2020.

SILVA, M. K; BALBINO, E. S. A importância da formação do professor frente ao transtorno do espectro autista – TEA: estratégias educativas adaptadas. Encontro Alagoano de Educação Inclusiva, Alagoas, v. 1, n. 1, p. [1-10], 2015. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/eaei/article/view/2152. Acesso em: 16 out. 2020.

SILVA, R. A da. Educação inclusiva: percepções de pedagogos sobre o processo de ensino e aprendizagem de matemática para alunos autistas na cidade de Ji-Paran/RO. 2014. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Matemática) – Universidade Federal de Rondônia, Ji-Paraná, 2014. Disponível em: https://silo.tips/queue/roseny-alves-da-silva?&queue_id=-1&v=1644461981&u=MTM4Ljk3LjEzMi4yMDk=. Acesso em: 10 fev. 2022.

SOUZA, D. A. How the brain learns mathematics. Thousand Oaks: Sage Publications, 2008.

SUPLINO, M. H. F. de O. Retratos e imagens das vivências inclusivas de dois alunos com autismo em classes regulares. 2007. 169 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: https://eduinclusivapesq-uerj.pro.br/wp-content/uploads/2020/04/MaryseSuplino_Tese_2007.pdf. Acesso em: 10 fev. 2022.

TAKASSI, G. de J. R. Contribuições do lúdico para o ensino da matemática. 2014. 28 f. Produção Didático-Pedagógica (Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE) – Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Curiúva, 2014. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uepg_mat_pdp_gilmar_de_jesus_rosas_takassi.pdf. Acesso em: 10 fev. 2022.

Downloads

Publicado

18-11-2025

Como Citar

BERNARDINO , Silvia Andréa Prado; BLANCO, Marília Bazan; NETO, João Coelho. O ensino de matemática para autistas por meio de atividades com materiais manipuláveis. Revista BOEM, Florianópolis, v. 12, n. 23, p. e0104, 2025. DOI: 10.5965/2357724X12232024e0104. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/boem/article/view/21940. Acesso em: 18 nov. 2025.

Edição

Seção

Dossiê temático "Práticas Inovadoras e Inclusivas no Ensino de Matemática"