Inclusão no ensino de matemática: reflexões e prática em um curso de Pedagogia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2357724X12223024e0105

Palavras-chave:

inclusão, ensino de matemática, materiais táteis, formação de professor

Resumo

Questões relativas à inclusão permeiam as discussões sobre o ensino de matemática evidenciando necessidades e dificuldades tanto dos alunos como dos professores que se deparam com situações para as quais, muitas vezes, não possuem conhecimentos e habilidades, mas que lhes exigem uma prática docente acolhedora e inclusiva. É nesse contexto que apresentamos uma experiência construída no processo de ensino de matemática para uma aluna cega, estudante de um curso de Pedagogia. Tal experiência decorre da análise de uma prática docente pautada no uso de materiais táteis, desenvolvida na disciplina Matemática no Ensino Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental I, no Centro de Estudos Superiores de Parintins, no estado do Amazonas. O objetivo da atividade desenvolvida era analisar o alcance e as limitações apresentadas por materiais táteis na aprendizagem de uma futura professora cega. Os resultados obtidos ratificam que a inclusão de um aluno com deficiência não se faz só com sua inserção na sala de aula. É necessário um olhar atento do professor para a escolha das estratégias de ensino e isso requer o desenvolvimento de habilidades desde sua formação inicial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maildson Araújo Fonseca , Universidade do Estado do Amazonas

Doutoranda em Educação na Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Mestre profissional em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Diretora da Escola Municipal Prof. Natalina Costa Cavalcante (EMPNCC) - Maceió/AL.

Edna Lópes Hardoim , Universidade Federal de Mato Grosso

Doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Débora Erileia Pedrotti, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Referências

BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 2003.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018.

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 2. ed. Brasília, DF: Coordenação de Edições Técnicas, 2018. 58 p. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/544283/lei_de_diretrizes_e_bases_2ed.pdf. Acesso em: 03 set. 2018.

BRITO, R. G. de. A Prova Brasil como mote à autoformação de professores que ensinam matemática nos anos iniciais da escolarização. 2020. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências na Amazônia) – Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2020.

COSTA, L. F. M. da. Metodologia do ensino da matemática: fragmentos possíveis. Manaus: Bk Editora, 2020a.

COSTA, L. F. M. da. Trabalho colaborativo na formação inicial do professor que ensina Matemática. REnCiMa, São Paulo, v. 11, n. 7, p. 421-437, nov. 2020b.

DOMINGUES, C. A. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: os alunos com deficiência visual: baixa visão e cegueira. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial: Universidade Federal do Ceará, 2010.

FERRONATO, R. A construção de instrumento de inclusão no ensino da matemática. 2002. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa

Catarina, Florianópolis, 2002. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/. Acesso em:

ago. 2019.

FONSECA, V. da. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem: abordagem neuropsicológica e psicopedagógica. Petrópolis: Vozes, 2007.

FONTAN, R. A. C. Mediação pedagógica na sala de aula. Campinas: Autores Associados, 2000.

GLAT, R. Educação inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7letras, 2009.

MANZINI, E. J. Recurso pedagógico adaptado e estratégias para o ensino de alunos com deficiência física. In: MANZINI, E. J.; FUJISAWA, D. S. Jogos e recursos para comunicação e ensino na educação especial. Marília: ABPEE, 2010. p.117-138.

NEVES, G. N.; FRASSON, A. C.; CANTORANI, J. R. Educação física adaptada ao deficiente visual. Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2010. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/EDUCACA O_FISICA/artigos/Educacao_Fisica_adaptada.pdf. Acesso em: 18 fev. 2021.

SALVADOR, C. M. A.; NACARATO, A. M. Sentidos atribuídos ao zero por alunos da 6ª serie. In: REUNIÃO DA ANPED, 26., 2003, Poços de Caldas. Anais [...]. Rio de Janeiro: UFRRj, 2003. Disponível em: http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_26/sentidos.pdf. Acesso em: 18 fev. 2021.

SANTOS, W. C. dos; COSTA, L. F. M. da. Construção de materiais didáticos manipuláveis para o ensino de matemática para alunos cegos. Revista Brasileira de Iniciação Científica (RBIC), Itapetininga, v. 7, n. 5, p. 22-41, out./dez. 2020.

VERGNAUD, G. A trama dos campos conceituais na construção dos conhecimentos. Revista do GEMPA, Porto Alegre, n. 4, p. 9-19, 1996.

VIGINHESKI, L. V. M.; FRASSON, A. C.; SILVA, S. de C.R. da; SHIMAZAKI, E. M. O Sistema Braille e o ensino de matemática para pessoas cegas. Ciência & Educação, Bauru, v. 20, n. 4, p. 903-916, 2014.

Downloads

Publicado

18-11-2025

Como Citar

FONSECA , Maildson Araújo; HARDOIM , Edna Lópes; PEDROTTI, Débora Erileia. Inclusão no ensino de matemática: reflexões e prática em um curso de Pedagogia. Revista BOEM, Florianópolis, v. 12, n. 23, p. e0105, 2025. DOI: 10.5965/2357724X12223024e0105. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/boem/article/view/19617. Acesso em: 18 nov. 2025.

Edição

Seção

Dossiê temático "Práticas Inovadoras e Inclusivas no Ensino de Matemática"