Maxwell Alexandre: as cores estão no mundo
DOI:
https://doi.org/10.5965/24471267712021085Palavras-chave:
Maxweel Alexandre, arte contemporânea , emponderamento , relações etnicoraciais , corResumo
Maxwell Alexandre nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro, morador da Rocinha, uma das maiores favelas da América Latina. Este texto procura discutir a relação das pinturas de Maxwell Alexandre, a partir de suas relações com as cores. Parte desse interesse se dá por conta de uma das séries do artista, denominada, "Pardo é papel". Maxwell apresenta uma exposição homônima em Lyon, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Em poucos anos de produção, o pintor se torna uma das grandes referências para a arte brasileira e, sobretudo, participa da cena de jovens artistas afrodescendentes. Relações etnicoraciais, empoderamento do povo preto, universo da música hip hop, são muitas as conexões possíveis entre a produção de Maxwell Alexandre e a recente produção das artes, da música e da sociedade com os marcadores sociais de raça e classe. A cor se apresenta em diálogo com elementos da publicidade e das instituições normatizadoras, como a polícia civil e a escola pública, tanto quanto com a bandeira do Rio de Janeiro. De outro modo, o artigo procura problematizar as teorias raciais e a possibilidade de um artista afrodescendente em lidar com um elemento, a cor, tão relacionado a um sistema de arte racista e excludente.
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