O conceito de experiência na filosofia de Jonh Dewey: Implicações estéticas, éticas, lógicas e pedagógicas
DOI:
https://doi.org/10.5965/244712671122025109Palavras-chave:
Desinteresse, Educação, Estética, Experiência, LógicaResumo
Este trabalho analisa de que maneira o conceito de experiência perpassa a filosofia de John Dewey, influenciando estudos sobre estética, ética, lógica, política e educação, dentre outras ciências humanas. Além deste intento geral, os objetivos específicos se apresentam, como descrever a função e relevância dos símbolos para a filosofia pragmática e o contexto educativo; refletir sobre a natureza estética da experiência e do pensamento arrazoado, frente aos problemas da existência; analisar a anulação do desejo discente pela aprendizagem, por conta dos saberes pedagógicos tradicionais que perpetuam a cisão entre teoria e prática, dentre outros procedimentos que não consideram a experiência; refletir sobre a avaliação, à luz de pressupostos pedagógicos deweyanos. Como aportes teóricos, além de obras conhecidas do autor, tais quais Como pensamos (Dewey, 1959a), Democracia e Educação (1959b), Reconstrução em filosofia (1959c), Logic: The Theory of Inquiry (1980), Arte como experiência (2010), contribuem para o percurso reflexivo escritos de Barbosa (2015), Cunha (1999), Shook (2002), Gauthier & Tardif (2010), dentre outros. A perspectiva metodológica se inspira nos conceitos de redescrição de Rorty (1995). A reflexão empreendida sobre a natureza da experiência, tal como enunciada por Dewey, pode lançar luz sobre o antigo flagelo do desinteresse dos alunos pelas rotinas educativas.
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