Tome o pincel, professora, vou usar os dedos: Um estudo de caso com pintura e inclusão no ensino de artes visuais
DOI:
https://doi.org/10.5965/244712671032024093Palavras-chave:
Ensino de arte, Pintura;, Pessoa com deficiência, InclusãoResumo
Este artigo apresenta um estudo de caso sobre a inserção de pessoa com deficiência física e intelectual nas aulas de artes visuais, a partir de experiências com a pintura. Utilizo a teoria de Vigotski (2007, 2011, 2021), que apresenta o desenvolvimento de pessoas com deficiência por meio de alternativas que são ativadas através dos sentidos que não estão comprometidos por limitações. Assim, um conceito utilizado nessa teoria é o da compensação, compreendida como um fator de construção da subjetividade como superação de limitações a partir do funcionamento global da personalidade, que busca, por meio da vontade de pertencimento, desenvolver formas singulares de comunicação, expressão e inserção social. Dewey (2010) é um autor que também fundamenta este estudo a partir de suas considerações sobre a experiência como continuidade da vida, em que se materializa a arte como expressão subjetiva. Como resultados, apresento considerações sobre os caminhos que podem ser trilhados nas aulas de artes visuais, através da linguagem pictórica, para desenvolver processos expressivos de estudantes com deficiência, concluindo que a pintura é um processo que mobiliza a subjetividade de forma singular, experiencial e potente para a construção de caminhos alternativos de expressão da personalidade humana.
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