Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas
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<p>Periódico de Artes Cênicas vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, do Centro de Artes, Design e Moda da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).<br /><strong>ISSN</strong>: 2358-6958<br /><strong>Periodicidade</strong>: Contínua<br /><strong>Ano de criação</strong>: 1997</p> <p> </p>Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)pt-BRUrdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas2358-6958<p><strong>Declaração de Direito Autoral</strong><strong></strong></p><p>Os leitores são livres para transferir, imprimir e utilizar os artigos publicados na Revista, desde que haja sempre menção explícita ao(s) autor (es) e à <em>Urdimento</em>e que não haja qualquer alteração no trabalho original. Qualquer outro uso dos textos precisa ser aprovado pelo(s) autor (es) e pela Revista. Ao submeter um artigo à <em>Urdimento </em>e tê-lo aprovado os autores concordam em ceder, sem remuneração, os seguintes direitos à Revista: os direitos de primeira publicação e a permissão para que a Revista redistribua esse artigo e seus meta dados aos serviços de indexação e referência que seus editores julguem apropriados.</p><p> Este periódico utiliza uma <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR">Licença de Atribuição Creative Commons</a>– (CC BY 4.0)</p><p> </p>A dramaturgia de um puerpério: uma videodança a partir da Técnica Klauss Vianna
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<p style="font-weight: 400;">Este artigo apresenta o processo criativo e a construção da dramaturgia da videodança <em>parTida</em>, por meio da Técnica Klauss Vianna (TKV) de dança e educação somática. A videodança foi realizada por ambas as autoras, uma que dança em processo de maternagem e a outra que a orienta no processo de criação. O processo criativo na TKV considera a processualidade como princípio, a improvisação como técnica e a labilidade como característica da coreografia. A dramaturgia emerge a partir da mobilidade e combinação desses fatores e dos demais elementos cênicos, incorporando a vivência singular de cada corpo que dança. A videodança revela a partida lenta de um corpo que foi parido de outro, e o aprendizado de ambos os corpos a viverem partidos. A pesquisa criativa em TKV se mostra aqui como uma ação política e a revela como metodologia possível para um artivismo materno.</p>Jaqueline Barbosa Pinto SilvaJussara Miller
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2023-09-192023-09-1934812910.5965/1414573103482023e0301Urgente (2016), um teatro de grupos
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<p><span style="font-weight: 400;">Nesta entrevista, os atores Cláudio Dias, Marcelo Sousa e Silva e Zé Walter Albinati, da Cia. Luna Lunera (BH), comentaram o processo de criação da peça </span><em><span style="font-weight: 400;">Urgente </span></em><span style="font-weight: 400;">(2016), escrita pela companhia em co-autoria com o Areas Coletivo de Arte (RJ). Os artistas abordaram os procedimentos criativos da dramaturgia e encenação do espetáculo; a recepção do público nas apresentações e nos ensaios abertos; e a presença da banda Constantina (BH) no processo de criação. A entrevista foi realizada na sede da Cia. Luna Lunera em janeiro de 2023.</span></p>Marco Antonio Pedra da Silva
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2023-09-192023-09-1934812410.5965/1414573103482023e0501Expediente
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<p>Apresentamos aqui o Corpo Editorial e Conselho de Pareceristas que compõe a <em>Urdimento</em> - Revista de Estudos em Artes Cênicas, v.3, n. 48, 2023.</p>Corpo Editorial
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2023-09-192023-09-1934814A Autoficção: uma engenharia do eu
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<p style="font-weight: 400;">Neste ensaio, o dramaturgo franco-uruguaio Sergio Blanco expõe as principais referências na história do pensamento ocidental que embasam seu processo de escrita em obras que ele denomina de autoficionais. Ao longo do texto, ele debate que, longe de significar um desejo narcisista de exposição, esse exercício autoficional na verdade é um caminho de investigação profunda de escrita e criação.</p>Sergio BlancoEsteban CampanelaVicente Concílio
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2023-09-192023-09-1934811810.5965/1414573103482023e0701Noite Lilás
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<div> <p class="Standard">A<em><strong> Noite Lilás</strong></em> é uma performance de cabaré nascida da interdisciplinaridade entre os campos do teatro, da música e das artes visuais. A partir da formação de um <em>tableau vivant</em> do quadro <em>Metropolis</em>, de Otto Dix, as atrizes-cantoras e as musicistas assumem figuras baseadas no universo do grotesco para cantar e narrar os diferentes quadros do cabaré. Essa foi uma experiência realizada a partir das disciplinas de Voz IV (DAC), Interlocuções Pictórias (DAV) e Interpretação Teatral IV (DAC), ocorrida ao longo do ano de 2022.</p> </div>Barbara BiscaroLucila Ribeiro Vilela
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2023-09-192023-09-1934812210.5965/1414573103482023e0502Editorial
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<p>Informações sobre o conteúdo da <em>Urdimento</em> - Revista de Estudos em Artes Cênicas, v.3, n. 48 de setembro de 2023.</p>Corpo Editorial
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2023-09-192023-09-1934816Pesquisa em teatro no RN, desvelando saberes e criando mundos
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<p>O teatro de grupo no Rio Grande do Norte é o tema deste artigo. No entanto, mais do que apresentar o estado da arte das pesquisas que realizamos no NACE, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Artes da Cena, buscou-se aqui evidenciar como investigamos o teatro potiguar. Essa opção metodológica objetivou: 1. desvelar os saberes e os dispositivos de análise que adotamos em nosso grupo e projetos; e, 2. expor a complexidade da tarefa que enfrentamos quando decidimos traduzir a expressão “teatro potiguar” de forma a dar a conhecer um pouco mais sobre o teatro que se faz no nosso estado e país. Enquanto grupo de pesquisa, buscamos compartilhar alguns dos resultados de nossos estudos e a estratégia de tornar evidentes alguns dos resultados das nossas pesquisas em curso e quais os meios que utilizamos para elas, revela que entendemos o pesquisar como um ato coletivo, cuja finalidade última é criar novos mundos. Para nós, isso significa ampliar o conhecimento sobre o teatro dos Brasis profundos. </p>Adriano Moraes de OliveiraMelissa dos Santos LopesAlexandre Augusto de Jesus AntasPedro Samuel Medeiros Guerra
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2023-09-192023-09-1934812210.5965/1414573103482023e0201Engajamento do público e agenciamento espacial na cenografia de Baile
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/23874
<p style="font-weight: 400;">A partir da análise dos processos de concepção, produção e realização do cenário da peça <em>Baile,</em> montagem de formatura dos alunos do Teatro Universitário da UFMG, com direção de Thálita Motta, esse artigo pretende discutir como a cenografia e as formas da apropriação do espaço colaboram com os diversos modos de promoção do engajamento da recepção no trabalho artístico, incrementando as possibilidades de relação entre a cena e o público. Como aporte teórico, mobiliza-se a discussão contemporânea sobre o <em>Immersive Theatre</em>, um modo de se propor o teatro contemporâneo baseado na produção de experiências, bem como de algumas propostas de encenação anteriores que se pautam pela investigação das espacialidades como dispositivos relevantes para a visualidade da cena.</p>Cristiano Cezarino Rodrigues
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2023-09-192023-09-1934812210.5965/1414573103482023e0202Análise do Esquema do Sistema de Stanislávski
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<div> <p class="CorpoA">O presente artigo revela uma análise panorâmica e inédita, em língua portuguesa, do esquema do sistema de Konstantin Stanislávski. Trata-se do exame de uma rara ilustração presente nos manuscritos de Stanislávski de 1935, um desenho tanto esquemático quanto poético que pode sintetizar o complexo pensamento artístico e pedagógico desse encenador. Por meio da revisão da literatura acerca da obra desse autor, são discutidos cada um dos quinze componentes apresentados no esquema, considerando as suas interconexões e suas disposições no desenho. Nessa discussão, também são abordados conceitos e termos próprios do sistema, à luz de suas polêmicas interpretativas, a fim de contribuir com o estudo dos fundamentos da arte do ator segundo as premissas de Stanislávski.</p> </div>Daniela de Castro LimaVinícius Assunção Albricker
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2023-09-192023-09-1934810.5965/1414573103482023e0203Estrutura de sentimento no teatro documentário e no teatro de agitprop: experiências no Brasil e na Argentina
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/23935
<p style="font-weight: 400;">Este artigo aborda duas experiências teatrais – uma que pode ser entendida como teatro de agitação e propaganda (agitprop), vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil, e outra vinculada ao teatro documentário realizado no Museo-Taller Ferrowhite, na cidade argentina de Bahía Blanca – a partir da categoria de estrutura de sentimento, criada pelo teórico marxista e crítico teatral Raymond Williams. Por meio dessa categoria, buscou-se analisar como a encenação, quando realizada em contextos circunscritos ou com segmentos sociais específicos, pode ser entendida como um mecanismo de estruturação de sentimentos comunitários, dando origem a manifestações culturais contra hegemônicas.</p>Ernesto Gomes Valença
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2023-09-192023-09-1934812510.5965/1414573103482023e0204Aspectos formativos do PANOS – Palcos novos palavras novas: um olhar estrangeiro, inicial e tateante
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24167
<p style="font-weight: 400;">Neste artigo são analisados aspectos formativos do projeto <em>PANOS – Palcos novos palavras novas</em>, desenvolvido pelo Teatro Nacional Dona Maria II de Lisboa/ Portugal, o qual estabelece cruzamentos entre teatro escolar e juvenil e novas dramaturgias. Com base na constatação de que o teatro juvenil é um campo a ser expandido e visibilizado nos estudos teatrais brasileiros e portugueses, refletiu-se sobre o trabalho com o texto escrito, o papel do(a) professor(a) encenador(a) na articulação da dramaturgia e da cena contemporânea e se preconizou um <em>olhar expandido</em> para o campo da Pedagogia das Artes Cênicas. A revisão teórica realizada, a leitura de dramaturgias do <em>PANOS</em>, as entrevistas e o acompanhamento <em>in loco</em> mostraram lacunas na investigação de cunho artístico e educacional voltadas para a juventude em Portugal; os desafios que um projeto como <em>PANOS</em> enfrenta e suscita e, principalmente, sua relevância para a ampliação das ações de ler, fazer, apreciar teatro e literatura dramática entre jovens.</p>Heloise Baurich VidorIsabel Gonçalves Bezelga
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2023-09-192023-09-1934812510.5965/1414573103482023e0205O prazer da voz
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<p style="font-weight: 400;">O texto desenvolve uma reflexão no âmbito das relações entre <em>voz</em> <em>e</em> <em>experiência</em>, discorrendo sobre o prazer da voz, em confronto com o medo e o trabalho de voz. No percurso, em que o prazer da voz deságua em prazer no teatro, o autor ensaia diálogos com o escritor Roland Barthes (O prazer do texto) e artistas teatrais, como Cicely Berry (<em>Voice and the Actor</em>), Isabel Setti (<em>O corpo da palavra não é fixo deixa-se tocar pelo tempo e seus espaços</em>) e Bertolt Brecht (<em>Pequeno Organon para o Teatro</em>). Trata-se de um itinerário ao encontro do prazer da voz que vibra, corta, historiciza e assombra.</p>José Batista Dal Farra Martins
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2023-09-192023-09-1934812010.5965/1414573103482023e0206Global Water Dances em Viçosa/MG: dança e ativismo ambiental
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<p style="font-weight: 400;">Esta pesquisa teve como objetivo analisar os impactos das ações de um projeto de extensão em dança, cuja proposta foi participar do evento internacional <em>Global Water Dances</em> 2021 – envolvendo os participantes no processo de planejamento, ensaios, produção e apresentação –, no intuito de conscientizar e sensibilizar sobre a importância da água para a preservação da vida. A dança foi abordada nesse contexto como articuladora da relação corpo-ambiente e em seu caráter político, no sentido de possibilitar abertura para novas configurações sociais. A partir da análise dos impactos das ações do projeto, a dança foi reconhecida como uma epistemologia que possibilitou sensibilização e mobilização social, assim como a construção de um sentido de comunidade.</p>Juliana Carvalho Franco da SilveiraVinicius Macena Santiago Fialho
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2023-09-192023-09-1934812810.5965/1414573103482023e0207Global Water Dances in Viçosa/MG: dance and environmental activism
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24403
<p style="font-weight: 400;">This research aimed to analyze the impacts of the actions of an extension project in dance whose proposal was to participate in the international event <em>Global Water Dances </em>2021 – involving participants in the planning process, rehearsals, production, and presentation –, to raise awareness and sensitize about the importance of water for the preservation of life. Dance was approached in this context as an articulator of the body-environment relationship and in its political character, in the sense of enabling the opening to new social configurations. Based on the analysis of the impacts of the project's actions, dance was recognized as an epistemology that enabled awareness and social mobilization, as well as the construction of a sense of community.</p>Juliana Carvalho Franco da SilveiraVinicius Macena Santiago Fialho
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2023-09-192023-09-1934812910.5965/1414573103482023e0207InPalavras praticadas, pés na lama: Hijikata Tatsumi e Jacques Lacan
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/23039
<p style="font-weight: 400;">O presente artigo propõe uma analogia entre a dança, os gestos e a escrita de Hijikata Tatsumi – artista japonês, criador do butô entre os anos 1950 e 1980 – e a escrita tal como abordada pelo psicanalista francês Jacques Lacan, especialmente a partir de sua noção de <em>gozo</em>, atrelada a uma abordagem específica da noção de corpo. Para tal, debruçamo-nos sobretudo no modo como Hijikata criou o butô, bem como em seu sistema de notação, chamado <em>buto-fu</em>, aproximando-o da teoria psicanalítica, notadamente daquilo que Lacan abordou, com a caligrafia japonesa, como o que chamamos de escrita de <em>gozo</em>. Tratamos, neste artigo, dos conceitos envolvidos, lançando mão de metáforas e ilustrações lacanianas, como a do <em>litoral</em>, tomando Hijikata como guia e âncora prática para a teoria que se configurou como objeto da pesquisa.</p>Thereza De FeliceMarcus André Vieira
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2023-09-192023-09-1934812510.5965/1414573103482023e0208Editorial - Sem receitas ou definições: apontamentos iniciais sobre dramaturgia da dança
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24346
<p style="font-weight: 400;">Esse texto de abertura apresenta as diferentes perspectivas sobre dramaturgia da dança que compõe o dossiê temático, e destaca a ausência de definições precisas e a ainda escassa disponibilidade de discussões sobre dramaturgia da dança. O texto também expõe como as diversas propostas textuais abordaram o tema do dossiê, apresentando maneiras singulares de fazer-pensar o tema, bem como relacionando-o com áreas de conhecimentos das artes e das humanidades.</p>Paloma Bianchi
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2023-09-192023-09-1934810.5965/1414573103482023e0101Dramaturgia: do texto para a cena, da ação para o sentido
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/23969
<p style="font-weight: 400;">Este artigo tem como objetivo tratar da definição de dramaturgia. Para tanto, se debruça sobre a desvinculação do termo à noção de “texto escrito”, e sobre a explosão de significados deste conceito a partir da segunda metade do século 20. O entendimento dessa definição será construído a partir de uma revisão histórica e crítica da literatura de referência, artigos e textos acadêmicos, tanto de autores nacionais quanto estrangeiros. Na sua primeira parte, o artigo centra-se especificamente na origem teatral da noção de dramaturgia; em seguida, trata da expansão da dramaturgia para outras áreas, concentrando-se principalmente na dança contemporânea; e encerra tratando da noção de dramaturgia como estruturação do sentido do espetáculo, a partir de Ana Pais.</p>Sandra Parra
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2023-09-192023-09-1934812410.5965/1414573103482023e0102Coreografar a crise - uma dramaturgia do contexto presente
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/23944
<p style="font-weight: 400;">Este texto se desenvolve como uma dança, como uma dramaturgia de gestos possíveis para coreografar o presente em suas complexidades e mobilidades. Essa construção dramatúrgica, por sua vez, possibilita imaginar uma coreografia a partir das noções de encantamento e refúgio, como práticas (im)possíveis para pensar o papel de artistas e criadores diante da crise climática. É válido lembrar que a dramaturgia, aqui, não é entendida como manual ou partitura, mas sim como um campo aberto para abrir linhas de fuga de um problema em que as palavras não dão mais conta. Espera-se que estas palavras vazem, que se esparramem e que gerem desejo de movimento. É preciso imaginar, fabular, especular, e a especulação exige corpo. É uma relação terrena. Exige que nos joguemos, e que joguemos num outro plano de mudança. Coreografar, pausar, aterrar, rebolar, “outrar”, deslocar protagonistas e partilhar são algumas pistas para começar.</p>Marina Souza Lobo Guzzo
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2023-09-192023-09-1934811910.5965/1414573103482023e0103O que diz respeito ao pinheiro, aprenda do pinheiro; o que diz respeito ao bambu, aprenda do bambu
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24030
<p style="font-weight: 400;">Pa. está em Florianópolis, A. em São Paulo. As duas decidem escrever um artigo acadêmico sobre dramaturgia da dança. As alunas de Pa. estão confusas. O que é ser dramaturgista? Pa. responde que dramaturgia é prática. Pa. conta para A. que fez alguns exercícios práticos de dramaturgia com as alunas, deu errado. Nas aulas, as alunas ou davam ordens, ou davam dicas, ou diziam se gostavam. Isso fez com que A. tivesse uma ideia para o título do artigo: Ordem, dica ou gosto? Os desvios e equívocos do trabalho de dramaturgistas. Pa. se interessa mais pela primeira resposta que deu para as alunas: dramaturgia é prática. Pa. e A. decidem que esse artigo seria decorrência de uma prática à distância em que A. e Pa. seriam artistas e dramaturgistas uma da outra.</p>Paloma BianchiAna Krein
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2023-09-192023-09-1934813510.5965/1414573103482023e0104Dramaturgia e audiodescrição de mãos dadas nos processos de criação em dança
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24001
<p style="font-weight: 400;">Traduzir o que se dança em palavras pode parecer improvável, mas é exatamente por meio de arranjo análogo que pessoas com deficiência visual fruem performances nessa vertente. A audiodescrição é um recurso de acessibilidade cultural que propicia esse acesso através de um processo tradutório intersemiótico, ou seja, que transforma a linguagem visual em verbal. A partir desse entendimento, reflete-se como audiodescrição e dramaturgia podem caminhar de mãos dadas em processos de criação em dança, para que o que é traduzido da dança não se resuma a mero texto descritivo do que se vê, mas, sobretudo, do que a dança delineia e desperta na efemeridade das performances. Para tanto, são utilizados como referenciais alguns trechos de espetáculos do Festival Acessibilidança Virtual, promovido pela FUNARTE em 2022. Preocupa-se, assim, em concentrar esforços afim de identificar que engendramentos são necessários para que uma audiodescrição de dança, alinhada à dramaturgia, precisa ter para preservar a poética da obra artística e também ser envolvente para o público com deficiência visual.</p>Thiago de Lima Torreão Cerejeira
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2023-09-192023-09-1934812810.5965/1414573103482023e0105Danço, logo duvido: uma parceria entre a Dança de Rua de Bruno Beltrão e a Filosofia Pop
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24040
<div> <p>O texto aborda a parceria entre a Dança de Rua de Bruno Beltrão e a Filosofia Pop, destacando a experiência de 18 meses de colaboração entre a dança urbana e a filosofia pop. O autor explora a utilização de materiais oriundos da cultura pop, como vídeos de arte, ciência e esportes, para explorar temas e questões da filosofia. O texto também menciona as repercussões teóricas e práticas das interações entre dança e filosofia, tendo como fio condutor a reabilitação conceitual da rua.</p> </div>Charles Feitosa
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2023-09-192023-09-1934812010.5965/1414573103482023e0106Mutações po-éticas das dramaturgias da dança em contextos formativos de Fortaleza/CE
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24056
<p style="font-weight: 400;">O presente texto desdobra, aprofunda e discute, anotações de processo escritas a quatro mãos ao longo de uma década de trabalho da dupla de autores em componentes curriculares relativos às dramaturgias da dança em contextos de ensino de dança formais da cidade de Fortaleza/CE. Esta escrita tomou o componente curricular obrigatório "Dramaturgias da dança", presente nos quatro contextos formativos que serão aqui tematizados: Graduações em Dança (Licenciatura e Bacharelado) e os Cursos Técnicos em Dança da Escola Porto Iracema das Artes e do Centro Cultural do Bom Jardim. Neste artigo narra-se o trabalho docente realizado, partindo de uma abordagem ético-política no que diz respeito à estética da dança. Uma vez que os fazeres dramatúrgicos pedem leitura e escuta apuradas de contexto, integrou esta escrita, também, a apresentação de pontos da história recente da dança contemporânea cearense, somente aqueles que elucidem, mesmo que brevemente, a sua conjuntura.</p>Thereza Cristina Rocha CardosoThiago Mota Torres
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2023-09-192023-09-1934811910.5965/1414573103482023e0107Atlas Coreodramatúrgico: constelações de imagens como método de criação em dança
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24073
<p style="font-weight: 400;">A presente proposta metodológica de criação coreodramatúrgica fundamentou-se em um uso crítico e negativo da imagem, tendo como disparadores a poética e os procedimentos utilizados pelo criador da dança Butô, Tatsumi Hijikata, e suas potenciais intersecções com o universo da filosofia da imagem, principalmente com as contribuições de pensadores como Didi-Huberman, Aby Warburg e Georges Bataille. Esta pesquisa teve início em um período de pós-doutoramento e gradualmente vem ganhando diferentes camadas materiais na medida em que seus procedimentos criativos vêm sendo atualizados em diversos contextos pedagógicos e artísticos. São apresentados aqui, portanto, alguns princípios de suas bases conceituais e relatadas experiências práticas de criação nas quais o Atlas Coreodramatúrgico (ACD) foi aplicado e complexificado nos últimos anos, tanto em disciplinas de graduação e pós-graduação, como no processo de criação de um grupo universitário de pesquisa artística.</p>Eden Silva Peretta
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2023-09-192023-09-1934812810.5965/1414573103482023e0108Dramaturgias crip: o ambíguo desfazimento do corpo-organismo em cenas anti-antropocêntricas
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<p style="font-weight: 400;">O objetivo deste artigo foi apresentar as <em>dramaturgias crip </em>como uma lógica operativa e política para criar dança. Desde os anos 1990, as principais pesquisas da área, já haviam reconhecido a importância do corpo e do movimento, para além da linguagem verbal e dos textos teatrais. Mas o que se instaura após 2000 com as teorias <em>crip</em> é a ênfase no fracasso, no descentramento da vida humana e na desfuncionalização do corpo-organismo como uma potência de criação aberta a outros corpos (animados e inanimados). Artistas de diversos contextos culturais têm criado suas dramaturgias da dança como dispositivos para evidenciar singularidades, incluir outras vidas e ativar estratégias de criação não antropocêntricas. Neste sentido, destacamos a pesquisa da coreana Jeong Geumhyung, da chilena Manuela Infante e do brasileiro Eduardo Fukushima. </p>Christine GreinerThany Sanches
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2023-09-192023-09-1934811310.5965/1414573103482023e0109Contradramaturgia e corp.oralidades Pretas: outro ponto de vista sobre noção de dramaturgia
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<p style="font-weight: 400;">O presente artigo objetiva problematizar o conceito de dramaturgia originalmente conhecido e difundido desde os escritos de Aristóteles no livro <em>Poética</em>. Abordou-se como ideia de contradramaturgia uma noção que está imersa em uma complexidade filosófica de “saberes e fazeres” afro-ancestrais, visto que o conceito de dramaturgia não dá conta das necessidades basilares das danças afro-brasileiras. Como suporte teórico-filosófico foram utilizadas reflexões de pensadores/as que fazem uso de epistemologias africanas, afro-brasileiras e anticoloniais. Defendeu-se a tese que as necessidades organizacionais das narrativas e corporeidades pretas, apresentadas a partir de suas danças afrodiaspóricas estão conectadas à sinuosidade <em>corpoexistencial</em> do pensamento e à circularidade dos acontecimentos. Os caminhos metodológicos desenvolvidos fazem parte de um conjunto de ações teórico-práticas sobre presença cênica e corporalidades afro-brasileiras em cena desenvolvidas ao longo da atuação como artista-pesquisador.</p>Laudemir Pereira Santos
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2023-09-192023-09-1934812410.5965/1414573103482023e0110Um fazer dramatúrgico na dança: processo documental em The Hot One Hundred Choreographers de Cristian Duarte
https://revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/24037
<div> <p class="Corpo"><span lang="DE">Um</span><span lang="PT"> fazer dramatúrgico na danç</span><span lang="DE">a </span><span lang="PT">pode ser</span> <span lang="PT">percebido como forma de ação e pensamento, ocorrendo</span> <span lang="PT"> </span><span lang="PT">de forma tensional e processual, conforme cada composiçã</span><span lang="IT">o. </span><span lang="PT">Justamente pela diversidade de processos e escolhas nesse âmbito, este artigo analisou o fazer dramatúrgico do coreógrafo brasileiro Cristian Duarte em sua produçã</span><span lang="IT">o coreogr</span><span lang="PT">áfica que opera com um processo documental da pró</span><span lang="IT">pria </span><span lang="PT">á</span><span lang="EN-US">rea: <em>The Hot One Hundred C</em></span><em><span lang="DE">h</span></em><em><span lang="EN-US">oreographers</span></em><span lang="EN-US">.</span> <span lang="PT">A pesquisa foi um</span> <span lang="PT">estudo de caso </span><span lang="PT">relacionando-se com</span> <span lang="PT">materiais de referências e entrevista semiestruturada. Evidenciou-se a lista do artista </span><span lang="PT">como ferramenta dramatúrgica, o valor do corpar de Cristian em fricção com os coreógrafos da lista, suas escolhas para a cena, sem estrutura fixa, valorizando a equidade e a coletividade, com a busca de seus afetos, criação de manobras, âncoras e um </span><em><span lang="NL">website</span></em><span lang="NL">. </span><span lang="PT">A peça convida a importantes discussões da contemporaneidade, valorizando nossas referências e memórias em sua imanê</span><span lang="ES-TRAD">ncia, como </span><em><span lang="PT">quase-corpos</span></em><span lang="PT"> que somos.</span></p> </div>Gislaine SacchetMônica Fagundes Dantas
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2023-09-192023-09-1934812610.5965/1414573103482023e0111