
Performances da presença fragmentada - Luta, fuga, congelamento
Brenda Urbina
Florianópolis, v.2, n.55, p.1-26, ago. 2025
trauma decorrente afetam a memória neuromuscular e as materialidades do
corpo dos artistas?!
En estas señales, lanzadas por el narcotráfico mexicano, encontramos
que el cuerpo es en este contexto concebido como una cartografía
susceptible de reescritura, pues al inscribir en él códigos propios del
crimen organizado se intenta establecer un diálogo macabro y un
imaginario social basado en la amenaza constante. Estas inscripciones
tienen el papel de dar una advertencia directa, porque «todos
entendemos el mensaje escrito en la carne.» Para los especialistas en
violencia del capitalismo gore, el cuerpo, en su desgarro y vulneración, es
el mensaje (Valencia, 2010, p. 111).
Para compreender as nuances da corporeidade, tentei identificar seus
fragmentos, sem a intenção de modificá-los ou ocultá-los, mas sim explorá-los
como potenciais catalisadores de identidade artística, incorporando elementos
entre poesia, realidade e discurso.
Esta perspectiva é reforçada por Abujamra (2001, p.76), que afirma: "O ator
que narra sua história, na forma que escolhe apresentá-la, se torna o arquiteto de
sua própria existência, constantemente contando, recontando, criando e recriando
suas histórias, seu passado, seu futuro." ao investigar os impactos no corpo ao
confrontar uma ameaça iminente à sua integridade - uma situação
frequentemente vivenciada por corpos marginalizados - as respostas do
organismo podem ser uma bússola para concepção artística. Confio em que temos
muito a performar sobre o trauma, por exemplo a performer e pesquisadora
Márcia Baobá fala do trauma e da necropolítica hegemônica que instaura a
normalidade da relação de subalternidade:
O trauma, como nos diz Grada Kilomba (2019), é um estado de
“Outridade”, de ser sempre Outra/o: estranha, incompatível, incomum,
sempre em conflito como o sujeito branco e tudo que o assegure nesta
posição. Ela nos diz que o trauma das pessoas negras não decorre dos
eventos ou relações familiares, como assim postula os estudos da
psicanálise, mas sim das questões traumatizantes que surgem com a
violência e barbárie do mundo branco, que nos coloca sempre em uma
relação de subalternidade. Rosana Paulino, ao falar do seu trabalho
Assentamento, em que reconstitui a fotografia rasgada de uma mulher
negra, afirma que o que lhe interessava era a questão do trauma. Quando
fez esse trabalho, ela estava, como afirma, pensando nas pessoas que
foram retiradas dos seus ambientes culturais, das suas famílias e foram
trazidas para ser escravizadas no Brasil (Sousa, 2020, p.34).
Após as colocações da ativista e performer Marcia Baobá, me permiti trazer