O significante racial: anistia, reparação e justiça

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180314362022e0103

Palavras-chave:

reparação, racismo, justiça, direitos humanos, anistia

Resumo

O artigo aponta as tensões e continuidades entre os movimentos por justiça, verdade, responsabilização criminal e histórica do Estado Brasileiro e a permanência legítima dos atos de exceção cometidos por agentes públicos sobre a população afrodescendente. Mostra-se a participação do movimento negro no Congresso pela Anistia e a busca pelo reconhecimento dos afrodescendentes como vítimas da violência cotidiana praticada por agentes do Estado. Colocou-se em pauta neste Congresso, a relação entre a violência, o racismo e o apagamento histórico do legado da escravização do afrodescendente no Brasil. O artigo explora as iniciativas de reconhecimento de violação de direitos humanos conduzidas pelo poder público no curso da democracia e a luta por reparação ancorada no sentimento de indignação aliado ao discurso testemunhal das vítimas. Durante a democracia, as lutas por reparação preenchem novas formas de agência, que não apelam pela desconstrução dos arquivos do passado, mas por aquilo que Benjamin chamou de um passado permeado de “agoras” que não se restitui, mas que nem por isso se torna ausente. Mostramos que as iniciativas reparatórias do Estado legitimam uma relação meramente instrumental com as vítimas, reificando a história, a vulnerabilidade e a verdade dos vencido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tereza Ventura, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ICS/UERJ).

Referências

ADORNO, Theodor W; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1985.

ALVES, José Claúdio Souza. Dos barões ao extermínio: uma história da violência na Baixada Fluminense. Duque de Caxias: APPH: CLIO, 2003.

AMNESTY INTERNATIONAL. Report on allegations of torture in Brazil. In: RELATÓRIO Sobre Tortura. [S.l.]: Amnesty International, 1972. Disponível em: https://issuu.com/anistiabrasil/docs/relat__rio_da_tortura_1972. Acesso em: 22 jan. 2022.

ARAÚJO, Fábio Alves. Das "técnicas" de fazer desaparecer corpos: desaparecimentos, violência, sofrimento e política. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.

AZEVEDO, Desirée. Os mortos não pesam todos o mesmo: uma reflexão sobre atribuição de identidade política às ossadas da Vala de Perus. Papeles del CEIC, Bizkaia, v. 2, papel 218, p. 1-20, 2019.

BATISTA, Nilo. Novas tendências do direito penal. Rio de Janeiro: Revan, 2004.

BAGGIO, Roberta Camineiro; RESADORI, Alice Hertozog; GONÇALVES, Vanessa Chiari. Raça e biopolítica na América Latina: os limites do direito penal no enfrentamento ao racismo estrutural. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 10, n. 03, p. 1834-1862, 2019.

BENJAMIN, Walter. Para uma crítica da violência. In: Benjamin, W. Escritos sobre mito e linguagem. Tradução de Ernani Chaves. São Paulo: Editora 34: Duas Cidades, 2011. p. 121-156.

BENJAMIN, Walter. Teses sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: vol. 1: magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987. p. 222-232.

BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: UFMG, 2009.

BEVERNAGE, Berber. History, memory and state-sponsored violence: time and justice. Nova Iorque: Routledge, 2011.

BIANCHI, Paula. Pai de jovem fuzilado por PM’s exige desculpas do Estado: não sei se verei meus filhos crescerem. UOL, [S.l.], 21 ago. 2017. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/08/21/pai-de-jovem-fuzilado-por-pms-exige-desculpas-do-estado-nao-sei-se-verei-meus-filhos-crescerem.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 22 jan. 2021.

BRASIL. Lei concede Anistia aos crimes políticos e conexos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Seção, 28 ago. 1979. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6683.htm. Acesso em: 02 fev. 2021.

BRASIL. Lei nº 9.140, de 04 de dezembro de 1995. Reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 5 dez. 1995a. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=9140&ano=1995&ato=474ITUq5UeJpWTf0b. Acesso em: 22 dez. 2021.

BRASIL. Decreto de 20 de novembro de 1995. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 nov. 1995b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/dnn/anterior_a_2000/1995/dnn3531.htm. Acesso em: 22 fev. 2021.

BRASIL. Lei nº 13491, 13 de outubro de 2017. Amplia a competência da Justiça Militar. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 out 2017. Disponível em: https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&data=16/10/2017&pagina=1. Acesso em: 22 dez. 2021.

BRASIL. Lei nº. 6.683, 28 de agosto de 1979. Concede anistia e dá outras providências. Brasília: Planalto, 1979. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6683.htm/ccivil_03/leis/l6683.htm. Acesso em: 20 dez. 2021.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Justiça Décimo relatório periódico relativo à convenção internacional sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial.. Brasília: Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Justiça, 1996. 122 p.

BRASIL. CPI Homicídios de jovens negros e pobres. [Brasília: Câmara dos Deputados], 2015. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/noticias_seppir/noticias/julho/relatorio-final-v2-autenticado-da-comissao-parlamentar-de-inquerito-homicidios-de-jovens-negros-e-pobres.pdf. Acesso em: 20 dez. 2021.

BRASIL. Em relatório, CPI apresenta sugestões para acabar com genocídio da juventude negra. Agência Senado. [Brasília: Senado], 2016. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/06/08/em-relatorio-cpi-apresenta-sugestoes-para-acabar-com-genocidio-da-juventude-negra. Acesso em: 15 dez. 2021.

BRASIL. Projeto de Lei 4.471/2012. [Brasília: Câmara dos Deputados], 2012. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=4392019B2494E2E635DBF00CD271AEA9.node1?codteor=1073878&filename=Avulso+-PL+4471/2012. Acesso em: 22 fev. 2022.

BRASIL. Fórum brasileiro de segurança pública. Brasil, Ano 15, p. 1-380, 2020. ISSN 1983-7364. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2021/07/anuario-2021-completo-v4-bx.pdf. Acesso em: 20 jan. 2021.

BRUM, Mário. Ditadura civil-militar e favelas: estigma e restrições ao debate sobre a cidade (1969- 1973). Cadernos Metrópoles, São Paulo v. 14, n. 28, p. 357-380, 2012.

CARDOSO, Hamilton. Isso é conversa de branco. Lua Nova, São Paulo, v. 2, n. 3, p 13-20, dez 1985.

CARDOSO, Hamilton. Limites do confronto racial e aspectos da experiência negra do brasil: reflexões. In: SADER, Eder. (org.). Movimentos sociais na transição democrática. São Paulo: Cortez, 1987. p. 82-104.

CARDOSO, Hamilton. Sociedade: história recente, dez anos do Movimento Negro Revista Teoria e Debate, São Paulo, n. 2, p. 10-13, 1988. Disponível em: https://teoriaedebate.org.br/1988/03/15/sociedade-historia-recente-dez-anos-do-movimento-negro/. Acesso em: 22 jan. 2022.

CARDOSO, Hamilton. É difícil ser negro. Revista Primeiros Negros, [S.l.], 1977. Disponível em: https://primeirosnegros.com/e-dificil-ser-negro/. Acesso em: 02 fev. 2022.

CARTA aberta dos familiares de vítimas do estado aos deputados da Assembleia Legislativa do Rio. Justiça Global, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: http://www.global.org.br/blog/carta-aberta-dos-familiares-de-vitimas-do-estado-aos-deputados-da-alerj/. Acesso em 22 jan. 2022.

CEAP - Centro de Articulação de Populações Marginalizadas. Pesquisa sobre extermínio. Rio de Janeiro: Ceap, 1993. Mimeografado.

CHAKRABARTY, Dipesh. Provincializing Europe: postcolonial thought and historical difference. Princeton: Princeton University Press, 2001.

CHAKRABARTY, Dipesh. History and the politics of recognition. In: JENKINS, Keith; MORGAN, Sue; MUNSLOW, Alun (org.). Manifestos for history. Londres: Routledge, 2007.

DERRIDA, Jacques. Os espectros de Marx. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993.

DERRIDA, Jacques. O perdão, a verdade, a reconciliação: qual gênero? In: NASCIMENTO, Evando (org.). Jacques Derrida: pensar a desconstrução. São Paulo: Estação Liberdade, 2005. p. 43-92.

DERRIDA, Jacques. A força de lei, o fundamento místico da autoridade. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

DIMOULIS, Dimitri et al. (org.). Justiça de transição no Brasil. São Paulo: Saraiva, 2010.

FANON, Franz. Por que usamos a violência? discurso proferido na Conferência de Acra em 1960. Tradução Gabriel Henrique. [S.l.], 27 out. 2021. Disponível em: https://traduagindo.com/2021/10/27/fanon-por-que-usamos-a-violencia/. Acesso em: 25 jan. 2022.

FERREIRA, YEDO. O Programa político do Movimento Negro Unificado. In. CADERNO DE TESES: XII congresso do MNU. [S.l.], 1998. Mimeografado.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: ed. Globo, 2014.

GONZALEZ, Lélia. Uma democracia Racial? Cadernos do Terceiro mundo, São Paulo, ano 4, n. 41, p. 33-43, jan. 1982.

GONZALEZ, Lélia. O movimento negro na última década. In: GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de negro. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1982.

GREGO, Heloísa. Dimensões fundacionais da luta pela anistia. 2003. Tese (Doutorado em História) − Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.

LACERDA, Paula. As indenizações como política de direitos humanos e de justiça social no Brasil contemporâneo. Revista Antropolítica, Niteroi, n. 48, p.246-275, 2020.

LISBOA, Suzana. Não há democracia onde houver desaparecidos. São Leopoldo, 2017. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/159-noticias/entrevistas/565160-nao-ha-democracia-onde-houver-desaparecidos-entrevista-especial-com-suzana-lisboa. Acesso em: 02 fev. 2022.

LUTO COMO MÃE. Direção Luis Carlos Nascimento.Produção TV ZERO, Rio d Janeiro, 2009.

NASCIMENTO, Luis carlos. Luto como mãe. [S.l.: s.n.], mar. 2021. 1 vídeo (70 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6G_7-kwrxRQ. Acesso em: 22 jan. 2022.

MACNIVEN, Rodrigo. O estopim (2014). [S.l.: s.n.], mar. 2021. 1 vídeo (98 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=EhW2bOv2o3s. Acesso em: 22 dez. 2022.

MBEMBE, Achile. A crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2014.

MBEMBE, Achile. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. São Paulo: n-1, 2018.

MEZAROBA, Glenda. Um acerto de contas com o futuro: a anistia e suas consequências: um estudo do caso brasileiro. São Paulo: Humanitas, 2006.

MISSE, Michel. Autos de resistência: uma análise dos homicídios cometidos por policiais na idade do Rio de Janeiro (2001-2011). In: RELATÓRIO Final de Pesquisa: núcleo de cidadania, conflito e violência urbana. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2017. 138 f. Disponível em: http://fopir.org.br/wp-ontent/uploads/2017/04/PesquisaAutoResistencia_Michel-Misse.pdf. Acesso em 22 fev. 2022.

MOURA,Clóvis. Negro de bom escravo a mal cidadão? Rio de Janeiro: Conquista, 1977.

MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO. O papel do aparato policial no processo de dominação do negro e a anistia. São Paulo: [s.n.], 1978. Mimeografado.

MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO. Contribuição para a discussão dos novos rumos da luta pela anistia ampla geral e irrestrita. Salvador: [s.n.], 1979. Mimeografado.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2017. 229 p.

NASCIMENTO, BEATRIZ. Volta à terra da memória entrevista de Beatriz Nascimento. Entrevista cedida a] Raquel Gerber. Folha de São Paulo, São Paulo, p. 9, 22 nov. 1981. Folhetim.

NETOS de Zumbi. Afro-Latino América: Versus, [s.l.], p. 59, jul./ago. 1978.

OLLIVEIRA, Cecília. 100 crianças baleadas em cinco anos de guerra contra a infância no Rio de Janeiro. El País, [s.l.], 29 abr. 2021. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2021-04-29/100-criancas-baleadas-em-cinco-anos-de-guerra-contra-a-infancia-no-rio-de-janeiro.html. Acesso em: 22 jan. 2022.

OLIVEIRA, Fábio Nogueira; RIOS, Flavia. Consciência negra e socialismo: mobilização racial e redes socialistas na trajetória de Hamilton Cardoso (1953-1999). Contemporânea, Florianópolis, v. 4, n. 2, p. 507-530, jul./dez. 2014.

DOMÉSTICA botou tropa em revista para reconhecer assassino. O Globo, Rio de Janeiro, 10 maio 1980. Disponível em https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/domestica-botou-tropa-em-revista-para-reconhecer-os-assassinos-do-irmao-10561218 Acesso em: 14 maio 2021.

MAIS de 12 mil homicídios a espera de julgamento. O Globo, Rio de Janeiro, 25 out. 1981. Disponível em: https://acervo.oglobo.globo.com/busca/?tipoConteudo=pagina&ordenacaoData=relevancia&allwords=homicidios&anyword=&noword=&exactword=&decadaSelecionada=1980&anoSelecionado=1981&mesSelecionado=10&diaSelecionado=25. Acesso em: 12 set. 2021.

PEDRETTI, Lucas. Violência de Estado e racismo em dois momentos das lutas e políticas de memória no Brasil. In: TELES, Edson; QUINALHA, Renan (orgs.). Espectros da ditadura: da Comissão da Verdade ao bolsonarismo. São Paulo: Autonomia Literária, 2020. p. 311-339.

QUEIROZ, Paula; SPIELER, Rafael. Advocacia em tempos difíceis: ditadura militar 1964 – 1985. [S.l.], 2013. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace;/handle/10438/13745. Acesso em: 21 jan. 2022.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. [S.l.], 2005. Disponívelem:http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100624103322/12_Quijano.pdf. Acesso em :22 jan. 2022.

ROCHA, Maria Alice; Moraes, Maria Teresa. Marli Mulher: tenho pavor de barata, de polícia não. Rio de Janeiro: Ed. Avenir, 1981. Coleção Avenir.

ROJAS, Jorge. As vítimas silenciosas de Costa Barros. Ponte Jornalismo. Rio de Janeiro, 2 dez. 2016. Disponível em: https://ponte.org/as-vitimas-silenciosas-de-costa-barros/. Acesso em: 22 jan. 2022.

ROTHBERG, Michael. Multidirectional memory: remembering the Holocaust in the age of decolonization. Stanford: Stanford University Press, 2009.

SABADELL, Ana Lúcia; DIMOULIS, Dimitri. Anistia: a política além da justiça e da verdade. Acervo, Rio de Janeiro, v. 24, n. 1, p. 79-102, 2011. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/42892. Acesso em: 16 nov. 2021.

SANJURJO, Liliana; FELTRAN, Gabriel. Sobre lutos e lutas: violência de Estado, humanidade e morte em dois contextos etnográficos. Ciência & Cultura, Campinas, n. 67, p. 40-45, 2015

SANSÃO, Luísa. Projeto de Lei que homenageia vítimas de violência de Estado é aprovado no RJ. Ponte Jornalismo, São Paulo , 01 jun. 2017. Disponível em: https://ponte.org/projeto-de-lei-que-homenageia-vitimas-de-violencia-de-estado-e-aprovado-no-rj/. Acesso em: 22 jul. 2021.

SANTOS, Shana Marques Prado et al. (orgs.). Reparação como política: reflexões sobre as respostas à violência de Estado no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: ISER, 2018.

SILVA, Haike Kleber da. A luta pela anistia. São Paulo: Imprensa Oficial, 2009.

SOARES, Barbara M; MOURA, Tatiana; AFONSO, Carla. Auto de resistência: relatos de familiares de vítimas da violência armada. Rio de Janeiro: 7 letras, 2009.

SOARES, Rafael. Rio foi condenado a indenizar 81 pessoas por má conduta policial em 2020, valores somam R$ 8,3 milhões. Jornal Extra, Rio de Janeiro, 21 mar. 2021. Disponível em: https://extra.globo.com/casos-de-policia/rio-foi-condenado-indenizar-81-pessoas-por-ma-conduta-policial-em-2020-valores-somam-83-milhoes-24934062.html Acesso em: 12 jun. 2021.

SANTOS, Boaventura Sousa. Por uma concepção multicultural dos direitos humanos, Revista crítica de ciências sociais, Lisboa, n. 48, p11-32, 1997.

SUCURSAL do Rio. Presidente diz que o projeto sobre desaparecidos não extrapola anistia. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 1995. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/8/19/brasil/31.html Acesso em: 22 jan. 2022.

VALLADARES, Licia do Prado. Passa-se uma casa: análise do programa de remoção de favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

VAN BOVEN, Theo. United Nations Study concerning the right to restitution, compensation and rehabilitation for victims of gross violations of human rights and fundamental freedoms. [Minneapolis], University of Minnesota, 1993. p. 50-92. Disponível em: http://hrlibrary.umn.edu/demo/van%20Boven_1993.pdfSpecial Rapporteur, UN Doc. E/CN.4/Sub.2/1993/8. Acesso em: 12 fev. 2021.

VELASCO, Clara; FEITOSA, A. 11 estados não divulgam dados completos de raça de mortos pela polícia; números disponíveis mostram que mais de 80% das vítimas são negras. G1, [S.l.], 4 maio 2022. Monitor da Violência. Disponível em: https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2022/05/04/11-estados-nao-divulgam-dados-completos-de-raca-de-mortos-pela-policia-numeros-disponiveis-mostram-que-mais-de-80percent-das-vitimas-sao-negras.ghtml Acesso em: 2 set. 2022.

VERANI, Sergio. Assassinatos em nome da lei. Rio de Janeiro: Aldebarã, 1996.

YOUNG, Iris. Inclusion and democracy. New York: Oxford University Press, 2000.

YÚDICE, George. Testimonio y concientización. Revista de crítica literaria latinoamericana, Lima, v. 18, n. 36, p. 211-232, 1992.

Downloads

Publicado

2022-09-16

Como Citar

VENTURA, Tereza. O significante racial: anistia, reparação e justiça. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 14, n. 36, p. e0103, 2022. DOI: 10.5965/2175180314362022e0103. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180314362022e0103. Acesso em: 22 dez. 2024.