À Sombra do Precursor: produção e recepção da obra <i>O Negro no Pará</i>, de Vicente Salles
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180308182016317Resumo
Este artigo objetiva analisar o contexto de produção e a recepção da clássica obra O Negro no Pará sob o regime da escravidão, lançada por Vicente Salles (1931-2013) em 1971, a partir da premissa de que a compreensão de um intelectual polígrafo como Salles pode ser interpretada através de momentos-chave, e não necessariamente lineares, de sua trajetória profissional, como sugere Pierre Bourdieu. Trajetória, esta, assentada nos estudos sobre o negro, o folclore e a música na Amazônia. Lançando mão da teoria de Stuart Hall sobre a recepção, as formas comunicativas e as práticas discursivas – sobretudo a relação entre o produtor-codificador e os receptores-decodificadores –, analisa-se um conjunto diversificado de fontes como as cartas trocadas por Vicente Salles com outros intelectuais paraenses, jornais e entrevistas realizadas com o intelectual ora examinado.
Palavras-chave: O Negro no Pará; Vicente Salles; Intelectuais - Amazônia; Produção-Codificação; Recepção-Decodificação.
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