descontrole da gestão de custos, dificuldade em precificar os produtos e a falta de conhecimento
sobre a contribuição do lucro total.
Adriano e Silva (2021) investigaram como a contabilidade de custos pode auxiliar na
economicidade dos processos e tomada de decisão. Os autores constataram que “. . . um bom
gerenciamento do sistema de custos e o conhecimento de suas particularidades, proporciona
para gestão segurança nos resultados, controle de todos os recursos da empresa, redução de
custos”. Dessa forma, entende-se que a gestão dos estoques é uma ferramenta contábil gerencial
relevante, tendo em vista que as organizações que dominam esse assunto e o aplicam em
procedimentos corretos precificam e gerenciam seus custos com mais assertividade.
Ao discutir as ferramentas contábeis gerenciais, ressalta-se a importância das
demonstrações contábeis, que segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 00 (R2))
(2019), pretendem apresentar informações relativas aos ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas e despesas da entidade, de forma útil aos usuários para avaliação de futuros fluxos de
entrada de caixa e na avaliação da gestão de recursos. Essas demonstrações são elaboradas para
um período específico e fornecem as informações que contribuem para o processo decisório.
Como principais demonstrativos, segundo Diniz (2015), podem-se citar o Balanço
Patrimonial (BP), que indica os resultados das atividades em determinando período; a
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que apresenta o resultado, ou o sucesso, da
empresa, durante um período; e a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), que permite a
visualização das entradas e saídas de caixa a partir das atividades operacionais, de investimento
e de financiamento, dentro de um mesmo período.
Além dos demonstrativos citados, há também a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
Acumulados (DLPA), que tem como objetivo evidenciar a destinação do lucro líquido apurado
no final de cada exercício; a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), que
objetiva evidenciar as transformações ocorridas nas contas que compõem o patrimônio líquido
em determinado período; a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), que é um relatório que
procura detectar o quanto de riqueza foi gerada por determinada entidade e demonstrar como
ela foi distribuída; e as Notas Explicativas que são, informações extras relacionadas aos dados
contidos nas informações contábeis, contemplando informações adicionais sobre cálculos ou
modificações que são de grande para o esclarecimento de dúvidas sobre alguma das contas das
demonstrações contábeis (Diniz, 2015).
Ainda, destaca-se a importância dos métodos de custeio, que são outras ferramentas
contábeis que podem ser utilizadas pelas organizações, as quais subdividem-se em: custeio por
absorção, em que os elementos de transformação (mão-de-obra direta e indireta, custos diretos
e indiretos, depreciação) são absorvidos pelo estoque. Custeio variável, o qual é apropriado
apenas como custos de fabricação, ou seja, os custos variáveis (Medeiros et al., 2017). Os
demais métodos de custeio são: o custeio ABC e o custeio padrão. O custeio baseado em
atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing), objetiva a redução das distorções
provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos (Martins, 2018). O custeio padrão serve
como base de registro da produção antes da determinação do custo, sendo utilizado para definir
os orçamentos e os preços de venda (Dutra, 2009).
Além das ferramentas apresentadas, existem outras cinco ferramentas de grande
importância: o planejamento estratégico, orçamento, planejamento tributário, retorno sobre
investimento e ponto de equilíbrio. Kuazaqui (2015) aponta que o planejamento estratégico
possibilita a criação de cenários que a empresa deverá seguir para que ela atinja a meta
desejada, identificando e selecionando caminhos que levam a melhores resultados. A entidade
que pretende o aumento do seu resultado, tem no orçamento uma ferramenta de grande
utilidade ao administrador, pois o orçamento permite traçar as metas e estratégias (Santos et
al., 2009). O planejamento tributário determina os procedimentos como forma de economia de
impostos, propondo a avaliação da melhoria da forma de apuração, recolhimento de tributos e