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seus clientes e o cenário mercantil mudam constantemente. Para tanto, o propósito de logística
pode ser expresso em termos de ter o melhor valor percebido para o cliente (Souza et al., 2014).
Para Faria e Costa (2005), a atividade logística está presente no abastecimento de
fábricas com matéria-prima, armazenagem e transporte do produto acabado ao consumidor
final e seu gerenciamento visa mitigar os custos finais de produção e aumentar o nível de
entrega ao consumidor. Nesse sentido, Kruger et al. (2019) preconizam que a logística moderna
se torna cada dia mais relevante no contexto mercadológico, sendo considerada como uma ação
estratégica para atender às demandas dos clientes. Ademais, o objetivo da logística é conseguir
o melhor valor percebido aos clientes, maximizando a diferença entre o valor e os custos reais
(Kruger et al., 2019).
Os custos se tornaram relevantes para a tomada de decisões, pois sabendo quanto é
gasto para produzir ou prestar um serviço é possível definir o preço de venda e assim medir o
seu resultado (Martins & Conceição, 2021). Correspondem aos gastos com bens ou serviços
que serão consumidos na produção de outros bens ou serviços, ou seja, é todo gasto incorrido
no processo produtivo ou no processo de prestação de serviços (Lyrio et al., 2017). Para Faria
e Costa (2005) custos são elementos essenciais, pois estão relacionados aos sacrifícios dos
recursos ocorridos no processo produtivo.
Segundo Santos, Silva, Barreto e Guazzeli (2018), os custos podem influenciar
diretamente no lucro da organização, na tomada de decisão, na produção e no planejamento.
Sendo assim, a gestão de custos de forma estruturada e detalhada vai permitir que as empresas
façam planejamento, estimativas, determinem e controlem os recursos de forma eficiente,
primordial para tomada de decisões (Martins & Conceição, 2021). Em um cenário competitivo,
existe a constante busca pela redução de custos e, ao mesmo tempo, pela manutenção da
qualidade dos produtos e serviços, mas para que isso seja possível, as empresas precisam ter
conhecimento sobre o tema (Luz et al., 2018).
Especialmente os custos logísticos são de natureza complexa e de difícil identificação,
no que diz respeito aos processos e aos objetos relacionados (Stępień et al., 2016). Ademais,
podem ser isolados na classificação dos gastos por função, utilizando critérios adequados para
a divisão dos custos totais da empresa (Stępień et al., 2016). Ainda de acordo com os autores,
a separação dos custos logísticos é significativa para o aumento da eficiência da gestão
empresarial, pois a identificação, mensuração e registro dos custos logísticos são a condição
básica para a melhoria na gestão de tais custos.
O benefício para empresas que utilizam uma abordagem de controle no gerenciamento
de custos logísticos é a redução das despesas gerais, estas que podem afetar o preço dos
produtos e a demanda, atendendo às necessidades do cliente, diminuindo os custos totais, além
de aumentar a receita das vendas e os lucros (Kučera, 2018). Diante disso, Stępień et al. (2016)
frisam que o foco na minimização dos custos logísticos, mantendo a maior eficácia, leva a
considerar os custos logísticos como instrumento gerador de resultado financeiro da empresa
Os elementos de custos logísticos são diversos e variam na concepção dos autores.
Entretanto, muitos se correlacionam de alguma forma (Souza et al., 2014). Para os autores, são
elementos de custos logísticos: os custos de compras, de armazenagem, de produção, de
distribuição, de transação e de serviço. Nesse mesmo sentido, Engblom et al. (2012) comentam
que a literatura identifica uma ampla gama de componentes de custos logísticos, além de
transporte, armazenagem, estoque e administração logística, não se limitando à definição e à
compreensão dos componentes.
Souza et al. (2013) também mencionam que os custos logísticos podem ser
caracterizados pelos níveis de serviço, custos de: lotes, embalagem, manutenção de inventário,
processamento de pedidos, transporte e ainda, custos da logística reversa e com planejamento
e controle da produção. Tais custos também são abundantes nas abordagens de medição e
análise (Engblom et al., 2012).