6
III - adequadas ao perfil de riscos e à importância sistêmica da instituição; e
IV - capazes de avaliar os riscos decorrentes das condições macroeconômicas e dos
mercados em que a instituição atua (Brasil, 2017).
Uma eficiente gestão de risco é essencial para a competitividade dos bancos e o
estabelecimento de suas estratégias de atuação, cumprindo também os objetivos, missão e
valores da empresa (Assaf Neto, 2017), a gestão de risco é importante para: identificar a
exposição da empresa ao risco e seus aspectos mais frágeis; minimizar perdas financeiras; e
imunizar o capital da empresa. Alguns riscos são verificados constantemente pelas instituições
financeiras (Assaf Neto, 2017; Lima, 2016; Rogante, 2009), como: risco de variação das taxas
de juros; risco de crédito; risco de mercado; risco operacional; risco de câmbio; risco soberano;
risco de liquidez; risco legal; risco de compliance; e risco socioambiental.
De acordo com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), os riscos socioambientais
podem ser definidos conforme a possibilidade de perdas para as instituições financeiras em
decorrência de danos socioambientais, que são classificados como: poluição, danos à saúde
humana, segurança, impactos em comunidades e ameaças à biodiversidade (Associação
Brasileira de Bancos, 2019).
Dzioubanov (2015) apresenta uma reflexão sobre responsabilidade social e gestão
ambiental das organizações, constatando que a questão socioambiental é preocupação presente
e concluindo que a concessão de crédito é dependente do risco socioambiental.
Nogueira, Conceição e Imbroisi (2015) estudam a importância do financiador em
influenciar o comportamento ambiental do financiado, os autores concluem em seus resultados
que há evidências da lenta, mas crescente incorporação do comportamento ambiental do
tomador de empréstimo bancário na análise do agente financiador.
Sendo assim, percebe-se que uma série de fatores influencia a análise de riscos pelas
instituições financeiras, em específico a análise do risco socioambiental, que tem passado por
aperfeiçoamento em suas regulamentações no setor bancário. Desse modo, Castro (2015)
evidencia a importância da adoção de um controle interno pelas instituições financeiras que
tenha necessariamente foco preventivo.
Metodologia
A metodologia de um trabalho define, em resumo, como será realizada a pesquisa,
evidenciando as peças fundamentais para a construção de um conhecimento que consiga
responder à problemática da pesquisa. Portanto, é essencial discutir objetivos, abordagem,
procedimentos e quais métodos utilizar, como se descreve a seguir.
Esta pesquisa foi desenvolvida objetivando descrever os resultados obtidos, conforme
Silva e Menezes (2000, p. 21): “a pesquisa descritiva visa descrever as características de
determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. Busca-
se, com isso, elencar características e contribuições que surgem dos procedimentos de controle
interno em relação ao gerenciamento de riscos – em evidência, o risco socioambiental –,
fixando como objeto de estudo a percepção dos gestores das instituições financeiras localizadas
no município de Tomé-Açu.
A pesquisa foi consolidada entre os meses de abril e outubro de 2019, sendo essencial
a aplicação de questionários semiestruturados com uso da Escala Likert em um estudo
descritivo do tipo survey e questionário autorrespondido, com perguntas abertas e fechadas. Os
questionamentos foram orientados conforme os referenciais teóricos previamente levantados e
embasados em pesquisas voltadas à mesma temática, envolvendo a discussão sobre riscos
socioambientais, pois é por intermédio dessas informações que se pretende alcançar os
resultados previstos. Como descreve Andrade (2010, p. 137): “A coleta de dados constitui uma
etapa importantíssima da pesquisa de campo, mas não deve ser confundida com a pesquisa