O território como episteme de resistência à colonialidade
DOI:
https://doi.org/10.5965/19847246242023e0205Palavras-chave:
gestão fundiária, pensamento de fronteira, terra como mercadoria, decolonialidade, contra colonizaçãoResumo
Esse estudo objetiva analisar o conceito de território como um conhecimento indispensável para a resistência dos povos do campo, de comunidades e povos tradicionais. Tem como base epistêmica o pensamento de fronteira e a pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas como bases metodológicas. Analisa como a desvalorização dos vínculos territoriais dos outros povos para ocultação de sua importância, fundadas nas diferenças étnicas e raciais, num sentido de interferência na produção de conhecimento. Destaca a importância da implantação da territorialidade dominante do colonizador, ancorada na subjetividade da terra como mercadoria, para a colonialidade da natureza. Busca elucidar a correlação da gestão fundiária com a colonialidade e sua interrelação com as categorias míticas que revitalizam a complexa colonização do imaginário dos povos inferiorizados para o seu controle. Analisa conceitos e exemplos que têm ancorado a resistência no sentido oposto da colonialidade, rumo à decolonialidade ou à contra colonização. Destaca a importância do território como lócus epistêmico e aponta para importância conceitual de território como uma base para a resistência de diversos povos e populações do campo na América Latina.
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