Ficções para o fim do mundo: uma proposta epistemológica contra-colonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/19847246242023e0203

Palavras-chave:

ficções, epistemologia contra-colonial, fim do mundo

Resumo

O fim do mundo é o horizonte que aterroriza o mundo da branquitude. O colapso global tornou-se o horror por excelência, ao apontar para o esmaecimento do futuro idealizado por uma humanidade criada pelas ficções moderno-coloniais. Nessa esteira, discutimos sobre uma crise epistemológica, a qual, a partir de suas narrativas criadas no berço dessa modernidade-colonialidade, alimentam o mundo que conhecemos: o mundo neoliberal-colonial. Em contraposição, propomos as ficções como uma espécie de tensionamento das epistemologias modernas e, também, como a possibilidade de escrita de novas epistemologias descentradas da lógica racista. Assim, o fim do mundo torna-se uma possibilidade: para que o novo ganhe lugar, para que a História não chegue ao seu fim, é preciso tramar novas ficções nas quais este mundo, em sua miséria, encontre sua finitude. As ficções, portanto, como armas contra-coloniais.

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Biografia do Autor

Maria Lucia Macari, Federal University of Rio Grande do Sul

Mestra em Psicanálise Clínica e Cutura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Doutoranda em Psicologia Social e Institucional na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

Karine Shamash Szuchman, Federal University of Rio Grande do Sul

Mestra Psicologia Social e Institucional Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Doutoranda em Psicologia Social e Institucional Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

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Publicado

2023-10-05

Como Citar

MACARI, Maria Lucia; SZUCHMAN, Karine Shamash. Ficções para o fim do mundo: uma proposta epistemológica contra-colonial. PerCursos, Florianópolis, v. 24, p. e0203, 2023. DOI: 10.5965/19847246242023e0203. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/22851. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê “Perspectivas contracoloniais e ecologias antirracistas em tempos de catástrofes planetárias”