Decadência dos sistemas agrícolas tradicionais e a urbanização da cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724620432019007Resumo
Os sistemas agroflorestais são cruciais para a reprodução material e cultural de lavradores tradicionais de economia doméstica semifechada, cada vez em menor número em todo o mundo. No estado de São Paulo, a origem do processo de decadência da lavoura caipira é um assunto controverso e pouco estudado, comumente associado ao esgotamento do solo. Por meio do estudo de caso em um bairro rural tradicional remanescente, buscamos aprofundar a compreensão e reflexão sobre os aspectos envolvidos na involução dos sistemas agroflorestais praticados pelo sitiante que abastecia a cidade de São Paulo, bem como refletir sobre os fundamentos, especialmente econômico e tecnológico, para um desenvolvimento territorial que possa valorizar o modo de vida desses grupos. Utilizamos o território como categoria central de análise, articulando três outras categorias relacionadas: uso do solo, modo de vida e relação campo-cidade. Ficou evidenciado que as práticas de exploração exercidas pelos caipiras, por sucessivas gerações, não determinaram a quase extinção do sistema produtivo local. Todavia, foram determinantes as transformações socioeconômicas pelas quais a cidade e o país passaram. A reflexão sobre a retomada do desenvolvimento em territórios tradicionais foi realizada, particularmente, a partir da contribuição de Friedrich E. Schumacher, Alexander Chayanov e John Friedmann.
Palavras-chave: Cultura caipira. Modo de vida tradicional. Comunidade tradicional. Economia doméstica. Desenvolvimento territorial.
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