O Museu como ferramenta de reparação: apontamentos sobre as memórias do trauma, museus e direitos humanos
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724620422019129Resumo
Assistimos desde o fim do século passado à consagração de toda uma série de patrimônios relacionados às memórias de catástrofes, guerras, genocídios, episódios de opressão, contextos de escravidão, tortura, sofrimentos, e toda sorte de situações traumáticas, violações de direitos e violências de Estado que, a partir das reivindicações de determinados grupos, assumem um valor simbólico e memorial. Sítios de consciência, museus para a paz, museus de memórias traumáticas, museus de direitos humanos, museus de memórias difíceis, memoriais; podemos encontrar na literatura uma série de nomenclaturas através das quais se procura identificar esse “novo” perfil de museus. Muitas dessas instituições são criadas a partir da perspectiva de um dever de memória. Geralmente por governos ou grupos de transição após o período em que se efetivou a situação de opressão ou violação dos direitos. O presente trabalho apresenta, por meio de revisão bibliográfica sobre a temática, o surgimento dessas instituições tendo como marco o período pós-Segunda Guerra. Em seguida, evidencia algumas das estratégias espaciais e museográficas comuns a elas e, por fim, traz uma reflexão sobre algumas das questões éticas envolvidas no uso dos museus como instrumentos de reparação.
Palavras-chave: Museus. Memória. Reparação. Direitos Humanos.Downloads
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