Entre as margens dos rios e as marchas da história: espaço e sociedade ribeirinha na Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.5965/19847246204320198039Resumo
O artigo expõe em largos traços o processo histórico de constituição da sociedade e do espaço ribeirinho da Amazônia. Partimos do entendimento que as sociedades ribeirinhas expressam as primeiras formas de produção do espaço amazônico edificadas sobre o contexto mercantil a partir da chegada dos colonizadores. Ressaltamos que suas condições de vida emergem da inserção desses grupos no contexto de formação espacial da Amazônia, desde a chegada do colonizador perpassando por diversas outras fases de ocupação da região. É nessa circunstância que vislumbramos a resistência dos modos de vida destas populações manifesta na criação e recriação de saberes, fazeres e estratégias que remontam à sabedoria de seus antepassados, aprimorada por gerações. Contribuímos num campo de pesquisa que busca analisar a trajetória destes grupos tendo como foco o diálogo entre espaço e sociedade. Inicialmente, refletimos sobre o processo de inserção dos povos ribeirinhos na constituição da sociedade colonial mercantil tendo em vista o delineamento das primeiras bases de formação do meio natural amazônico. Em seguida mostramos a reverberação desse processo sobre a constituição da sociedade ribeirinha em fases posteriores de formação espacial da região, especialmente no período de desenvolvimento da economia da borracha.
Palavras-chave: Amazônia. Ribeirinhos. Colonização. Economia da borracha.
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