A formação socioespacial de Florianópolis e a atividade artesanal da renda de bilros
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724619412018289Resumo
Florianópolis, capital catarinense, tem sua formação socioespacial atrelada à chegada dos europeus ao continente americano, desenvolvendo-se mais precisamente a partir do século XVI, quando embarcações que demandavam à Bacia do Prata (cuja desembocadura localiza-se no atual Paraguai) aportavam na Ilha de Santa Catarina para abastecerem-se de água e víveres. A cidade tornou-se território estratégico para apoiar a vanguarda portuguesa localizada no Prata, junto à colônia de Sacramento e assegurar, sob domínio português, o Brasil Meridional. Essa situação teve como consequência a necessidade de povoamento do referido território, objetivando a consolidação do poder da Coroa Portuguesa. No último quarto do século XVI, a ilha começa efetivamente a ser povoada, recebendo fluxo de imigrantes vicentistas e paulistas. Entretanto, em meados do século seguinte, esse fluxo migratório inicial regrediu, tendo permanecido na ilha pouco mais de uma centena de europeus. Posteriormente, a ilha de Florianópolis recebe um segundo fluxo migratório diferenciado, imprimindo um dinamismo socioeconômico e uma organização regional bastante peculiar. Assim, as reflexões aqui apresentadas contêm elementos para uma melhor compreensão da evolução histórica da formação socioespacial de Florianópolis e região. Esse enfoque procura contemplar as múltiplas determinações de ordem natural, social, econômica e cultural, responsáveis pela singularidade dessa formação regional e que serão de fundamental importância para o desenvolvimento e a permanência de uma das mais tradicionais atividades artesanais da região, a renda de bilros.
Palavras-chave: Evolução Social. Colonização Portuguesa. Florianópolis, SC. Rendas de Bilros.
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