Mulheres e ação política: lutas feministas pelo direito à cidade
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724619402018111Resumo
Entender a luta pelo direito à cidade a partir de uma perspectiva feminista pressupõe problematizar os paradigmas que sustentam o pensamento acadêmico. Esses fundamentos e as próprias políticas urbanas são muitas vezes o resultado das ações de homens que não reconhecem as demandas das mulheres em suas lutas diárias na cidade. O objetivo aqui é demonstrar o embate ideológico e político - do pensamento à ação - que se revela no fato de que a ciência historicamente negligenciou as mulheres que subvertem a ordem estabelecida. Questionar suposições epistemológicas da perspectiva científica predominante (masculina, branca, ocidental) é uma maneira de permitir que outros sujeitos e lugares de enunciação possam emergir. O artigo direciona o olhar para as lutas feministas pelo direito à cidade, entendendo isso como o direito a uma vida urbana renovada e transformada. O movimento feminista, em sua pluralidade e diversidade como multiplicidade de movimentos de mulheres reivindicando seus direitos, revela-se em sua complexidade e as epistemologias feministas orientam as reflexões por meio das diversas abordagens possíveis. O feminismo negro, o feminismo indígena e o transfeminismo indicam a necessidade de abordagens interseccionais para compreender as ações das mulheres na luta pelo direito à cidade e, mais amplamente, pelo direito ao próprio corpo e à própria vida. Essa luta se manifesta em protestos e ações políticas, mas também nas ações cotidianas de mulheres que se recusam a conformar-se aos limites e interdições que lhes são impostos, procurando elaborar políticas urbanas mais amplas e corporificadas.
Palavras-chave: Mulheres. Direito à cidade. Epistemologias Feministas.
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