Histórias compartilhadas: propostas universitárias de construção de conhecimentos decolonizados
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724619392018154Resumo
Nos últimos anos, tem-se ampliado no Brasil as atividades universitárias em torno dos campos dos estudos africanos e indígenas, o que tem contribuído para a visibilização de diversas experiências destes sujeitos históricos. Este alargamento deve ser atribuído, entre outras questões, à promulgação das leis federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que instauraram a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena nas escolas brasileiras. Constata-se, no entanto, a permanência de uma concepção eurocêntrica/colonial sobre o mundo que resulta no epistemicídio, ou seja, na invisibilidade e exclusão de saberes e histórias das Áfricas e Américas. Embora avanços tenham ocorrido, ainda é necessário o questionamento do saber epistêmico ocidental/colonial e a valorização das teorias e epistemologias do sul que pensam com e a partir de corpos e lugares étnico-raciais/sexuais subalternizados. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é refletir sobre experiências que estão em busca da construção de epistemologias outras, inserindo como exemplo atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no âmbito do Laboratório de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais – AYA (UDESC/FAED). São as questões teóricas colocadas pelos estudos pós-coloniais e decoloniais que fundamentam as ações voltadas à produção de um conhecimento comprometido com a interpretação decolonizada acerca das histórias das sociedades africanas e indígenas.
Palavras-chave: História. África. Indígenas. Estudo e Ensino.
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