Uma mulher e algumas histórias: a sedução em Antonio Larreta, Milton Schinca e Juan Manuel Blanes - entre a tela e o verbo
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724617332016032Resumo
No último quartel do século XIX, um pintor uruguaio retrata com seus pincéis, a imagem de uma imponente dama. Vestida de branco e cercada por flores generosamente distribuídas, possui a boca entreaberta e as narinas dilatadas como que no ímpeto da aspiração iniciar a narrativa de sua história. Sabe-se, no entanto, que por trás dos arranjos florais, nos bastidores da imagem, subjazem os personagens que protagonizaram um conturbado drama. Ele: Juan Manuel Blanes, um reconhecido pintor uruguaio. Ela: Carlota Ferreira, cujas representações ambíguas oscilam entre a imagem da mulher oportunista de fama dúbia, e a da moderna transgressora e irreparável avant la lettre. Do encontro entre Carlota e Blanes nasce um controverso enredo de intrigas que culmina num desfecho trágico. O presente artigo analisa as representações literárias do encontro entre a musa e o pintor, delineados por dois autores uruguaios: Milton Schinca e Antonio Larreta. Pretende-se, desta forma, confrontar as narrativas com a sedução e o erotismo presentes em obras e cartas de Juan Manuel Blanes.
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