Colonialidade do poder e a violência contra os povos indígenas

Autores

  • Clovis Antonio Brighenti UNILA

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984724616322015103

Resumo

Para compreender a violência contra os Povos Indígenas no Brasil contemporâneo, faz-se necessário partir de uma análise sistêmica e de longa duração, considerando que ela incide fundamentalmente sobre a territorialidade de povos, seja nas disputas por terra, seja no impedimento de manifestarem-se livremente a partir de seus pressupostos culturais. Uma das chaves para compreender essa questão é pensar a violência a partir da Colonialidade do Poder, conceito proposto pelo sociólogo peruano Aníbal Quijano, analisando que mesmo com as independências das colônias dos impérios ibéricos, o poder colonial se manteve. A violência se configura através do “epistemicídio”, pela tentativa de eliminação das práticas e saberes indígenas. Na contemporaneidade, a violência é fundamentalmente institucional, seja na ação do Estado brasileiro reduzindo direitos como a não demarcação dos territórios e a implantação de obras desenvolvimentistas que afetam esses povos, seja na omissão, imiscuindo-se e permitindo assassinatos e invasão das terras indígenas.

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Biografia do Autor

Clovis Antonio Brighenti, UNILA

Professor de História indígena na Universidade Federal da Integração latino Americana (UNILA) em fo

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Publicado

2016-04-25

Como Citar

BRIGHENTI, Clovis Antonio. Colonialidade do poder e a violência contra os povos indígenas. PerCursos, Florianópolis, v. 16, n. 32, p. 103–120, 2016. DOI: 10.5965/1984724616322015103. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/1984724616322015103. Acesso em: 19 nov. 2024.