Colapso do capital e a pandemia como desastre ambiental
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984724621462020136Resumo
O texto versa sobre a particularidade específica deste momento de colapso do capital. No centro, a pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, a qual deve ser qualificada, entre outras formas, como desastre ambiental. Nosso argumento considera que a pandemia em si não deve ser tematizada como causa das mazelas atuais, mas sim como consequência do desenvolvimento nessa forma social do capital. Tratamos neste ensaio de como a pandemia não é o que pode gerar o colapso (já em curso), mas deve ser lida como expressão de um sistema que colapsa contínua e profundamente desde os anos de 1970, quando passou a demonstrar abertamente a sua incapacidade de extrair valor. Essa leitura pressupõe compreensão distinta sobre o seu enfrentamento, na contramão de posturas mistificadoras e negacionistas que vimos vivenciando no Brasil por parte do governo federal e da sociedade. A reflexão organiza-se em dois momentos: o primeiro, que qualifica o que entendemos por colapso dessa forma social e as suas particularidades relativas à nossa formação social; o segundo, que trata da epidemia como desastre ambiental e problematiza o universalismo de seu impacto.
Palavras-chave: Desenvolvimento econômico - Aspectos ambientais. Doenças transmissíveis – Epidemiologia. Covid-19.
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