Marcos Leite e o canto coral brasileiro no contexto da contracultura
Aspectos históricos, analíticos e interpretativos
DOI:
https://doi.org/10.5965/2525530410012025e0202Palavras-chave:
canto coral, Marcos Leite, Música Popular, Arranjo CoralResumo
O objetivo geral deste artigo é analisar a atuação de Marcos Leite (1953-2002), pianista, compositor e regente, no contexto da contracultura. A pesquisa qualitativa, com caráter bibliográfico e documental, contemplou tanto a produção, a circulação e a recepção da obra de Marcos Leite no cenário brasileiro da segunda metade do século XX, quanto os princípios que nortearam a sua prática enquanto arranjador, maestro e pedagogo. Inicialmente, traçamos um panorama do movimento coral brasileiro, a partir da década de 1960, e discutimos sobre o trabalho de Marcos Leite na cidade de Curitiba. Depois, nos dedicamos à análise do arranjo de Vassourinhas (Matias da Rocha e Joana Baptista Ramos), produzido por Marcos Leite, identificando os seus elementos formais, harmônicos, melódicos e rítmicos. Os resultados indicam que, ao lado de outros nomes, Marcos Leite contribuiu para a renovação estética do canto coral, propondo formas de atuação cênica, visual e gestual, para cantores e regentes.
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