Musicistas de orquestra e a arte das relações
DOI:
https://doi.org/10.5965/2525530410022025e0202Palavras-chave:
Orquestra, Músicos, sucesso subjetivo, relações interpessoais, trabalho musicalResumo
Este artigo investiga as relações interpessoais vivenciadas no cotidiano de músicos de orquestras brasileiras e suas articulações com diferentes formas de percepção de sucesso subjetivo. A pesquisa adota um método misto sequencial, com aplicação de questionário e entrevistas semiestruturadas. A análise qualitativa, baseada em eixos temáticos, revela tensões entre cooperação e competição, hierarquia e autonomia, sofrimento e realização. As falas dos participantes evidenciam que as condições institucionais e relacionais impactam diretamente a experiência de trabalho e os sentidos atribuídos à carreira musical. O estudo contribui para a compreensão do campo orquestral como espaço de negociação simbólica, afetiva e política, em que o sucesso é vivido de modo plural e relacional.
Downloads
Referências
ALVARENGA, E.C.; OLIVEIRA, P. T. R.; LIMA, M. L. C. A coragem de ser músico: prazer e sofrimento no trabalho em orquestras sinfônicas. Revista de Psicologia, Fortaleza, v. 9, n. 2, p. 215–223, 2018.
BOMFIM, C. C. A música orquestral, a metrópole e o mercado de trabalho (Tese de Doutorado). Instituto de Artes, UNESP, 2017.
BRINKMANN, S.; KVALE, S. Doing interviews. London, UK: Sage, 2018.
CARTER, T.; LEVI, E. (Org.). The Cambridge companion to the orchestra. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
CHARMAZ, K. Constructing grounded theory. London, UK: Sage Publications, 2006.
CLARKE, E. F. What’s going on: Music, Psychology and Ecological Theory. CLAYTON, M.; HERBERT, T.; MIDDLETON, R. (Orgs.), The Cultural Study of Music, 2nd ed., p. 333 342). New York, NY: Routledge, 2012.
COOK, N. Entre o processo e o produto: Música enquanto performance. (F. Borém, trad.). Per Musi, 14, 5–22, 2006 https://periodicos.ufmg.br/index.php/permusi/issue/archive Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/permusi/issue/archive
COTTRELL, S. Professional music-making in London: ethnography and experience. Aldershot: Ashgate, 2004.
COTTRELL, S. Musical performance in the twentieth century and beyond: an overview. LAWSON, C.; STOWELL, R. (Orgs.), The Cambridge History of Musical Performance. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2012.
CRESWELL, J. W. Research design: qualitative, quantitative, and mixed methods approaches. 2. ed. Thousand Oaks: Sage, 2003.
CRESWELL, J. W.; CLARK, V. L. P. Designing and conducting mixed methods research. 3. ed. Thousand Oaks: Sage, 2018.
GAUNT, H.; DOBSON, M. C. Orchestras as “ensembles of possibility”: Understanding the experience of orchestral musicians through the lens of communities of practice. Mind, Culture, and Activity, 21(4), 2014. doi: 10.1080/10749039.2014.951900
GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre, RS: Artmed, 2009.
GILLINSON, C.; VAUGHAN, J. The life of an orchestral musician. In C. Lawson (Org.), The Cambridge companion to the orchestra. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2003.
GUNZ, H.; HESLIN, P. A. Reconceptualizing career success. Journal of Organizational Behavior, 26(2), 105–111, 2005. doi: 10.1002/job.300
HOLST, B. S. et al. Depression and performance anxiety in professional orchestra musicians. Medical Problems of Performing Artists, v. 27, n. 2, p. 91–97, 2012.
HUGHES, E. C. Men and their work. Glencoe: Free Press, 1958.
KENNY, D. T.; DRISCOLL, T.; ACKERMANN, B. Psychological well-being in professional orchestral musicians in Australia: a descriptive population study. Psychology of Music, v. 42, n. 2, p. 210–232, 2014.
KOIVUNEN, N.; WENNES, G. Show us the sound! Aesthetic leadership of symphony orchestra conductors. Leadership, v. 7, n. 1, p. 51–71, 2011.
KRONEMBERGER, G. A. OPES, uma Sociologia dos músicos de orquestra (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2014.
LAGE, M. C.; GODOY, A. S. O uso do computador na análise de dados qualitativos: questões emergentes. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 9(4), 75–98, 2008. doi: 10.1590/s1678-69712008000400006
LEHMANN, B. L’orchestre dans tous ses éclats: enquête sur la condition professionnelle des musiciens d’orchestre. Paris: La Documentation Française, 2012.
O’NEILL, S.; SLOBODA, J. Responding to performance: Listeners and audiences. RINK, J.; GAUNT, H.; WILLIAMON, A. (Orgs.) Musicians in the making: pathways to creative performance (p. 186–205). New York, NY: Oxford University Press, 2017.
SAWYER, K. R. Musical performance as collaborative practice. BARRET, M. (Org.), Collaborative creative thought and practice in music. Surrey, UK: Ashgate, 2014.
SEGNINI, L. R. P. Os músicos e seu trabalho: Diferenças de gênero e raça. Tempo Social, 26(1), 75–86, 2014.. doi: 10.1590/S0103-20702014000100006
SENNETT, R. Juntos: os rituais, os prazeres e a política da cooperação. Rio de Janeiro: Record, 2012.
SMALL, C. Musicking: the meanings of performing and listening. Middletown: Wesleyan University Press, 1998.
SPITZER, J.; ZASLAW, N. The birth of the orchestra: history of an institution, 1650–1815. Oxford: Oxford University Press, 2004.
SPURK, D.; HIRSCHI, A.; WANG, M.; VALERO, D.; KAUFFELD, S. Latent profile analysis: A review and “how to” guide of its application within vocational behavior research. Journal of Vocational Behavior, 120, 103445, 2020. doi: 10.1016/j.jvb.2020.103445
STRUBLER, D. C.; EVANGELISTA, R. Maestro Neeme Jarvi on Leadership. Journal of Management Inquiry, 18(2), 119–121, 2009. doi: 10.1177/1056492609333413
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Mariana Bergsten Mendes Félix, Tania Casado, Fábio Cury

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.