As relações dos efeitos terapêuticos da Musicoterapia Improvisacional e o desenvolvimento musical de crianças com autismo

Autores

  • Marina Horta Freire
  • Maria Betânia Parizzi Fonseca Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5965/2358092514142015046

Palavras-chave:

transtorno do espectro do autismo , musicoterapia, desenvolvimento musical

Resumo

Este relato descreve a proposta de pesquisa que visa investigar o desenvolvimento musical de 25 crianças com autismo que passaram por tratamento de Musicoterapia Improvisacional e as possíveis relações desse desenvolvimento com os ganhos terapêuticos encontrados, a fim de evidenciar a influência do desenvolvimento musical no desenvolvimento global de crianças com autismo. O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta principalmente comunicação e socialização. A Musicoterapia Improvisacional é uma forma de tratamento bastante utilizada para essa população, que utiliza técnicas da improvisação musical clínica para desenvolver vínculo, expressão e musicalidade. O trabalho se dirige às interfaces da educação musical especial com a musicoterapia, visando contribuições para as duas áreas, bem como para a área da saúde como um todo, na busca da uma melhor qualidade de vida para crianças com autismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARBOSA, A., CASTRO, C. Musicoterapia e Musicalidade do Autista. 46f. 2013. Monografia de Conclusão do Curso de Bacharelado em Musicoterapia. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.

BERGER, D. S.. Music Therapy, Sensory Integration and the Autistic child. London, UK: Jessica Kingsley Publishers Ltd, 2003.

BOSO, M.; EMANUELE, E.; MINAZZI, V.; ABBAMONTE, M.; POLITI, P. Effect of Long-Term Interactive Music Therapy on Behavior Profile and Musical Skills in Young Adults with Severe Autism. In: The Journal of Alternative and Complementary Medicine, v. 13, n. 7, p.709-712, 2007. Doi: https://doi.org/10.1089/acm.2006.6334.

BRUSCIA, K. E. Improvisational Models of Music Therapy. Springfiled, IL: Charles C. Thomas Publishers, 1987.

CHAGAS, M. Musicoterapia: desafios entre a modernidade e a contemporaneidade – como sofrem os híbridos e como se divertem. Rio de Janeiro: Mauad X Bapera, 2008.

FREIRE, M. Efeitos da Musicoterapia Improvisacional no tratamento de crianças com TEA. 74f. 2014. Dissertação de Mestrado em Neurociências Clínicas. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.

GATTINO, G. Musicoterapia aplicada à avaliação da comunicação não verbal de crianças com transtornos do espectro autista: revisão sistemática e estudo de validação. 180f. Tese de Doutorado em Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

GERETSEGGER, M.; HOLCK, U.; GOLD, C. Randomised controlled trial of improvisational music therapy’s effectiveness for children with autism spectrum disorders (TIME-A): study protocol. BMC Pediatrics, v. 12, n. 2, 2012.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Verbete: estereotipia.

KENNEY, Susan. Birth to six: Music Behaviors and How to Nurture Them. In: General Music Today, v. 22, n. 1, 2008.

KIM, J., WIGRAM, T., & GOLD, C. Emotional, motivational and interpersonal responsiveness of children with autism in improvisational music therapy. In: Autism SAGE Publications and The National Autistic Society, v. 13, n. 4, p.389-409, 2009. Doi: https://doi.org/10.1177/1362361309105660.

KLIN, A. Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. In: Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 28, Supl. I, S3-11, 2006.

LAVILLE, C., DIONNE, J.. A construção do saber. Porto Alegre: Artmed, 1999.

MOLNAR-SZAKACS, I.; HEATON, P. Music: a unique window into the world of autism. In: Annals of New York Academic Science, Nova York, v. 1252, p. 318-324, 2012. Doi: https://doi.org/10.1111/j.1749-6632.2012.06465.x.

MORAES, R. Análise de conteúdo. In: Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.

OLIVEIRA, G. Uma proposta para a avaliação do desenvolvimento musical de crianças autistas. In: Simpósio Brasileiro de Pós-Graduandos em Música, 3º, 2014. Anais. Rio de Janeiro: Simpom, 2014.

PAREJO, E. Edgar Willems: um pioneiro da educação musical. In: MATEIRO, T.; ILARI, B. (Org.). Pedagogias em Educação Musical. Curitiba: Intersaberes - p. 89-123, 2012.

PARIZZI, M. B. Música para a Saúde do bebê. In: Seminário Internacional sobre o bebê, 3º. Paris: Instituto Langage, 2013.

PEREIRA, A.; RIESGO, R. S.; WAGNER, M. B. Childhood autism: translation and validation of the Childhood Autism Rating Scale for use in Brazil. In: Jornal de Pediatria, v. 84, n. 6, p. 487-494, 2008.

QUEIROZ, G. J. P. Aspectos da Musicalidade e da Música de Paul Nordoff e suas implicações na prática clínica musicoterapêutica. São Paulo: Apontamentos Editora, 2003.

SARAPA, K. B.; KATUSIC, A. H. Application of music therapy in children with autistic spectrum disorder/Primjena muzikoterapije kod djece s poremecajem iz autisticnog spektra. In: Revija za Rehabilitacijska Istrazivanja, v. 48, n. 2, p. 124-129, 2012.

SCHAFER, M. O ouvido pensante. Trad. Marisa Fonterrada. São Paulo: Editora UNESP, 1991.

SKEFF, M. L. Da música: seus usos e recursos. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2007.

WIGRAM, T.; GOLD, C. Music therapy in the assessment and treatment of autistic spectrum disorder: clinical application and research evidence. In: Child Care Health Dev, v. 32, n. 5, p. 535–542, 2006.

Downloads

Publicado

2015-12-16

Como Citar

FREIRE, Marina Horta; FONSECA, Maria Betânia Parizzi. As relações dos efeitos terapêuticos da Musicoterapia Improvisacional e o desenvolvimento musical de crianças com autismo. Revista NUPEART, Florianópolis, v. 14, n. 2, p. 46–55, 2015. DOI: 10.5965/2358092514142015046. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/6346. Acesso em: 25 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê