Dossiê - A revolução da cultura digital no jornalismo de
moda: futuros possíveis
V.17, N.43 — 2024
DOI: http://dx.doi.org/10.5965/1982615x171432024004 E-ISSN 1982-615x
ModaPalavra, Florianópolis, V. 17, N. 43, p. 04-015, jul/dez. 2024
Dra. Ana Marta M. Flores
Doutora, Universidade NOVA de Lisboa / amflores@fcsh.unl.pt
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5078-5534/ Lattes: http://lattes.cnpq.br/5270792682911904
Dr. William Afonso Cantú
Doutor, Instituto Politécnico de Leiria / william.cantu@ipleiria.pt
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4079-9884/ Lattes: http://lattes.cnpq.br/9285746310373121
Editorial V.17, N. 44
ModaPalavra, Florianópolis, V. 17, N. 43, p. 04-015, jul/dez. 2024
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
EDIÇÃO DOSSIÊ — JULHO/2024
DOSSIÊ - A revolução da cultura digital no jornalismo de
moda: futuros possíveis
Entre o papel e o pixel: O Jornalismo de Moda no Contexto
Cultural Contemporâneo
O dossiê especial “A revolução do digital no jornalismo de
moda: futuros possíveis”, do ModaPalavra e-periódico, busca explorar
as transformações profundas que o jornalismo de moda enfrenta na
era digital, pautada por mudanças socioculturais profundas. Este
dossiê convida a comunidade cientíca a reetir sobre articulações
entre diferentes temáticas, procurando estimular o pensamento e a
reexão sobre questões que circunscrevem a cultura e o jornalismo
de moda, tais como o posicionamento do jornalismo de moda na nova
paisagem digital contemporânea, o papel da moda na construção de
novos discursos e formas de expressão, futuros possíveis que podem
nascer da simbiose entre o joynalismo, cultura e moda. A partir desta
abordagem, seis artigos foram selecionados para analisar e debater
esses temas sob variadas perspectivas, proporcionando uma visão
abrangente e crítica do mundo contemporâneo, procurando contribuir
para a discussão nas respectivas áreas.
O jornalismo e a moda têm histórias e origens que se cruzam. O
fenômeno jornalístico é uma invenção da Modernidade, popularizado
com a aparição da tipograa e a periodicidade da imprensa na Europa
(Sousa, 2008). A moda, neste sentido, também pode ser vista como
um produto resultante da modernidade (Simmel, 1957; Barthes,
1990; Lipovetsky, 1994; Geczy & Karaminas, 2020). Essa relação
torna-se mais evidente ao compreender o jornalismo pela lente de
autores como Otto Groth (2011) e Luiz Beltrão (1992, 2006), que
concebem a natureza do jornalismo em quatro pilares: periodicidade,
universalidade, atualidade e difusão.
A periodicidade do jornalismo encontra correspondência na
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moda, através da ciclicidade análoga à forma e à comunicação para as
massas. A universalidade e a variabilidade trabalhada pelos autores no
jornalismo vêm ao encontro da pluralidade da moda em sua acepção
mais contemporânea, com o desenvolvimento de produtos em larga
escala envolvendo todos os setores sociais. A moda é também
um produto cultural com a capacidade de transmitir mensagens e
representar as várias esferas sociais. A atualidade dos jornais pode
ser considerada a característica de maior aderência na relação com a
moda, pois o “princípio do Novo” (Lipovetsky, 2009; Svendsen, 2010)
é ponto vital para o fenômeno moda, uma relação comum entre as
atividades. A difusão também encontra eco em ambas as áreas, pois
a disseminação é fundamental tanto no jornalismo quanto na moda.
Deve-se ter em consideração o caráter propagador de ambas as
áreas, que tem um papel relevante na denição e contextualização
de ambas (Flores, 2018).
Entretanto, ao considerar o cenário digital contemporâneo, as
novas formas de comunicar moda para além do jornalismo fazem
uma revolução no ecossistema vigente. As marcas tornaram-se
veículos de comunicação próprios por meio das plataformas sociais,
a periodicidade das semanas de moda ou lançamentos de coleção
fora do calendário tradicional, ou até mesmo a cultura inuencer,
têm ofuscado o jornalismo especializado. O jornalismo e a moda, que
traziam em suas características um discurso de ordem e julgamento,
vêm-se obrigados a buscar representatividade num sistema de
comunicação que abre cada vez mais espaço para a diversidade e a
inclusão. A moda, enquanto campo dinâmico em que trocas simbólicas
acontecem de forma frequente, reete diferentes culturas. A análise
dos seus signicados imagéticos e textuais traz contributos para o
entendimento da sociedade contemporânea (Cantú e Gomes, 2023).
A articulação que nasce destes temas tem lugar num campo
complexo de signicados, que reete novas formas de estar e de
materializar a cultura na sociedade (Hall, 1997; Barnard, 2002;
Barthes, 1967). Neste compo uído, de diversidade e com diferentes
tipos de velocidades de manifestação (Bauman, 2000; McCracken,
2008) , a moda assume um lugar de destaque na cultura, como
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elemento de um sistema cultural complexo (Kaiser, 2019). Enquando
elemento de comunicação, ela representa mais do que a forma de
vestir ou o estilo, denindo todo um modo de vida e encapsulando os
signicados e as compreensões do mundo, bem como as estruturas
de sentimento que descrevem a atualidade (Williams, 1961).
O primeiro artigo do dossiê, “Os fundamentos do jornalismo
de moda: um mapeamento da produção acadêmica no Brasil e no
mundo (2011-2023)”, da autoria de Larissa Alves e de Lia Seixas,
discute os elementos fundamentais do jornalismo de moda enquanto
especialização. A partir de um mapeamento da produção acadêmica
em periódicos, repositórios e bases de dados cientícos, o estudo
revela que o jornalismo de moda é considerado uma especialização
dentro do estilo de vida, apresentando funções similares ao
jornalismo tradicional, como crítica de moda, prestação de serviço,
aconselhamento e entretenimento. O artigo destaca as características
de atualidade, novidade e periodicidade, bem como a força da opinião
e o destaque à imagem, elementos que permanecem relevantes na
era digital.
Em “Moda, diversidade e Instagram: um olhar para as seis
principais revistas de moda no Brasil”, Thaisa Bueno e Leila de Sousa
dicutem que um dos eixos principais da moda está relacionado com
a presença da diversidade no seu conteúdo, nas principais revistas
brasileiras no Instagram. A análise revela que, apesar de algumas
iniciativas para maior visibilidade e representatividade, a maioria das
publicações perpetua modelos-padrão de beleza idealizados, excluindo
pessoas de diferentes origens étnicas e tamanhos corporais. Este
estudo destaca a necessidade urgente de uma mudança inclusiva no
jornalismo de moda digital.
O artigo “Masculinidades e editoriais fotográcos: comunicação,
moda e gênero em Fucking Young!, escrito por Daniel Keller e
Denise Araújo, examina as representações das masculinidades
em editoriais fotográcos de moda entre 2015 e 2023. Através da
análise de discurso, o estudo revela evoluções nas representações
masculinas, com destaque para práticas esportivas e a celebração
do corpo saudável, desaando paradigmas de gênero. No entanto, a
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persistência na preferência por modelos de pele branca destaca os
desaos contínuos para uma representação mais inclusiva e diversa.
No artigo intitulado “Comunicação crítica de moda: para além
das tecnologias, uma revolução nos discursos”, de Adriana Gomes
e Márcia Nunes, a voz crítica na comunicação de moda digital é
estudada. Focando no perl da inuenciadora Verena Figueiredo no
Instagram, a pesquisa investiga como ela insere conteúdo crítico e
como o público responde a isso. Os resultados indicam que a discussão
crítica de moda se divide entre uma abordagem mais especializada e
outra mais abrangente, com maior identicação do público com esta
última. Este estudo sugere que inuenciadoras podem ser vetores
para um discurso de moda mais questionador e coerente com as
mudanças sociais.
O artigo “Moda e Semiótica: uma análise de capas da revista
Vogue Brasil em tempos de pandemia”, escrito por Marcelino Santos,
Durval Júnior, Juan Silva e Poincyana Holanda, realiza uma análise
semiótica das capas da Vogue Brasil durante o primeiro ano da
pandemia da Covid-19. Utilizando suportes digitais online, a pesquisa
analisa os sentidos produzidos pelas capas e sua relação com o
contexto histórico. Os resultados mostram uma postura discreta da
Vogue Brasil ao tratar da pandemia, mobilizando elementos semióticos
que fazem referência à saúde pública mundial de forma sutil.
Finalmente, o artigo de Carolina Mendes, Juliana Bueno e Maria
Sacchetti, intitulado “Design de Comunicação de Moda: análise do
consumo de informação por estudantes de Design de Moda de uma
universidade brasileira”, analisa como estudantes de Design de Moda
da Universidade Estadual de Londrina consomem conteúdo de moda,
identicando oportunidades para meios digitais complementarem
o ensino universitário e prepararem os estudantes para o mercado
prossional. A pesquisa destaca a importância da comunicação entre
professores e estudantes e como ela inuencia a busca por informação
de moda.
Os artigos deste dossiê reetem as transformações e desaos
enfrentados pelo jornalismo de moda na era digital que sofre rápidas
transformações, abordando a diversidade, as representações de
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gênero, a comunicação crítica, os impactos da pandemia e da cultura
digital nas novas formas de consumo de informação. Em conjunto,
eles dão um ponto de partida para responder aos desaos propostos
pelo dossiê da ModaPalavra sobre os futuros possíveis que podem
emergir da simbiose entre o jornalismo, a cultura digital e a moda,
fortalecendo todas as áreas relacionadas com as pesquisas e trazendo
um contributo importante para a armação da interdisciplinariedade
entre estes campos.
Desejamos a todas as pessoas uma ótima leitura.
Ana Marta M. Flores
William Cantú
Dossiê - A revolução da cultura digital no jornalismo de
moda: futuros possíveis
V.17, N.43 — 2024
DOI: http://dx.doi.org/10.5965/1982615x171432024004 E-ISSN 1982-615x
ModaPalavra, Florianópolis, V. 17, N. 43, p. 04-015, jul/dez. 2024
Editorial V.17, N. 44
Dra. Ana Marta M. Flores
Phd, Universidade NOVA de Lisboa / amflores@fcsh.unl.pt
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5078-5534/ Lattes: http://lattes.cnpq.br/5270792682911904
Dr. William Afonso Cantú
Phd, Instituto Politécnico de Leiria / william.cantu@ipleiria.pt
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4079-9884/ Lattes: http://lattes.cnpq.br/9285746310373121
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DOSSIER EDITION - JULY/2024
Dossier - The Revolution of Digital Culture in Fashion Journalism:
Possible Futures
Between Paper and Pixel: Fashion Journalism in the
Contemporary Cultural Context
The special dossier “The Digital Revolution in Fashion
Journalism: Possible Futures,” from ModaPalavra e-journal, aims to
explore the profound transformations faced by fashion journalism
in the digital age, marked by signicant sociocultural changes. This
dossier invites the scientic community to reect on the interplay
between various themes, seeking to stimulate thought and reection
on issues encompassing culture and fashion journalism, such as the
positioning of fashion journalism in the new contemporary digital
landscape, the role of fashion in constructing new discourses and
forms of expression, and possible futures that may arise from the
symbiosis between journalism, culture, and fashion. Through this
approach, six articles have been selected to analyze and debate
these topics from diverse perspectives, providing a comprehensive
and critical view of the contemporary world, and aiming to contribute
to discussions in the respective elds.
Journalism and fashion have intersecting histories and origins.
The journalistic phenomenon is an invention of modernity, popularized
with the advent of typography and the periodicity of the press in
Europe (Sousa, 2008). Fashion, in this sense, can also be seen as
a product resulting from modernity (Simmel, 1957; Barthes, 1990;
Lipovetsky, 1994; Geczy & Karaminas, 2020). This relationship
becomes more evident when understanding journalism through
the lens of authors such as Otto Groth (2011) and Luiz Beltrão
(1992, 2006), who conceive the nature of journalism on four pillars:
periodicity, universality, timeliness, and diusion.
The periodicity of journalism corresponds to fashion through
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its analogous cyclicality and communication to the masses. The
universality and variability addressed by authors in journalism align
with the plurality of fashion in its most contemporary sense, with
the development of large-scale products involving all social sectors.
Fashion is also a cultural product capable of conveying messages and
representing various social spheres. The timeliness of newspapers
can be considered the most adherent characteristic of fashion, as
the “principle of the new” (Lipovetsky, 2009; Svendsen, 2010) is a
vital point for the fashion phenomenon, a common relation between
activities. Diusion also resonates in both areas, as dissemination is
fundamental in both journalism and fashion. The propagative nature
of both elds must be considered, playing a relevant role in dening
and contextualizing both (Flores, 2018).
However, considering the contemporary digital landscape, new
ways of communicating fashion beyond journalism are revolutionizing
the existing ecosystem. Brands have become their communication
vehicles through social platforms, the periodicity of fashion weeks
or collection launches outside the traditional calendar, or even
the inuencer culture, has overshadowed specialized journalism.
Journalism and fashion, which have historically provided an ordered
and evaluative discourse, are now compelled to seek representation
in a communication system that increasingly opens space for diversity
and inclusion. Fashion, as a dynamic eld where symbolic exchanges
frequently occur, reects dierent cultures. Analyzing its imagetic and
textual meanings contributes to the understanding of contemporary
society (Cantú and Gomes, 2023).
The articulation arising from these themes takes place in
a complex eld of meanings, reecting new ways of being and
materializing culture in society (Hall, 1997; Barnard, 2002; Barthes,
1967). In this uid eld, characterized by diversity and various
manifestation speeds (Bauman, 2000; McCracken, 2008), fashion
assumes a prominent place in culture, as an element of a complex
cultural system (Kaiser, 2019). As a communication element, it
represents more than just dressing or style, dening an entire way of
life and encapsulating meanings and understandings of the world, as
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well as the structure of feeling that describes the present (Williams,
1961).
The rst article in the dossier, “The Fundamentals of Fashion
Journalism: A Mapping of Academic Production in Brazil and
Worldwide (2011-2023),” by Larissa Alves and Lia Seixas, discusses
the fundamental elements of fashion journalism as a specialization.
Through a mapping of academic production in journals, repositories,
and scientic databases, the study reveals that fashion journalism
is considered a specialization within lifestyle, presenting functions
similar to traditional journalism, such as fashion critique, service
provision, advice, and entertainment. The article highlights the
characteristics of timeliness, novelty, and periodicity, as well as the
strength of opinion and emphasis on image, elements that remain
relevant in the digital age.
In “Fashion, Diversity, and Instagram: A Look at the Six Major
Fashion Magazines in Brazil” Thaisa Bueno e Leila de Sousa discuss
that one of the main axes of fashion is related to the presence of
diversity in its content in the major Brazilian magazines on Instagram.
The analysis reveals that despite some initiatives for greater visibility
and representation, most publications perpetuate idealized standard
beauty models, excluding people of dierent ethnic origins and body
sizes. This study highlights the urgent need for inclusive change in
digital fashion journalism.
The article “Masculinities and Fashion Editorials: Communication,
Fashion, and Gender in Fucking Young!” by Daniel Keller and
Denise Araújo examines representations of masculinities in fashion
editorials from 2015 to 2023. Through discourse analysis, the
study reveals evolutions in masculine representations, emphasising
sports practices and celebrating healthy bodies, challenging gender
paradigms. However, the persistent preference for white-skinned
models highlights ongoing challenges for more inclusive and diverse
representation.
The article titled “Critical Fashion Communication: Beyond
Technologies, a Revolution in Discourses,” by Adriana Gomes and
Márcia Nunes studies the critical voice in digital fashion communication.
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Focusing on the inuencer Verena Figueiredo’s prole on Instagram,
the research investigates how she inserts critical content and how
the public responds to it. The results indicate that critical fashion
discussion is divided between a more specialized approach and a
broader one, with greater public identication with the latter. This
study suggests that inuencers can be vectors for a more questioning
and socially coherent fashion discourse.
The article “Fashion and Semiotics: An Analysis of Vogue Brazil
Covers During the Pandemic,” by Marcelino Santos, Durval Júnior, Juan
Silva, and Poincyana Holanda, performs a semiotic analysis of Vogue
Brazil covers during the rst year of the Covid-19 pandemic. Utilizing
online digital media, the research analyses the meanings produced
by the covers and their relationship with the historical context. The
results show a discreet stance of Vogue Brazil in addressing the
pandemic, mobilizing semiotic elements that subtly reference global
public health.
Finally, the article by Carolina Mendes, Juliana Bueno, and
Maria Sacchetti, titled “Fashion Communication Design: Analysis
of Information Consumption by Fashion Design Students at a
Brazilian University,” analyzes how Fashion Design students at the
State University of Londrina consume fashion content, identifying
opportunities for digital media to complement university teaching
and prepare students for the professional market. The research
highlights the importance of communication between teachers and
students and how it inuences the search for fashion information.
The articles in this dossier reect the transformations and
challenges faced by fashion journalism in the rapidly evolving
digital age, addressing diversity, gender representations, critical
communication, the impacts of the pandemic, and the digital culture
in new forms of information consumption. Together, they provide a
starting point to address the challenges proposed by the ModaPalavra
dossier on the possible futures that may emerge from the symbiosis
between journalism, digital culture, and fashion, strengthening all
related research areas and making an important contribution to the
armation of interdisciplinarity between these elds.
ModaPalavra, Florianópolis, V. 17, N. 43, p. 04-015, jul/dez. 2024
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We wish all readers an enjoyable read.
Ana Marta M. Flores
William Afonso Cantú