Dossiê – Moda, Sustentabilidade e Inclusão
V.16, N.40 — 2023
DOI: http://dx.doi.org/10.5965/1982615x16402023004 E-ISSN 1982-615x
ModaPalavra, Florianópolis, V. 16, N. 40, p. 04-15, jul/dez. 2023
Editorial V.16 N.40
Dra. Ana Mery Sehbe De Carli
Doutora, Universidade de Caxias do Sul / sdecarli@terra.com.br
Orcid: 0000-0002-9168-0018/ Lattes
Dra. Suzana Barreto Martins
Doutora, Universidade Estadual de Londrina / suzanabarreto@uel.br
Orcid: 0000-0002-4574-2441/ Lattes
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê Moda, Sustentabilidade e Inclusão
Edição Dossiê — Julho/2023
Dossiê Moda, Sustentabilidade e Inclusão
Em primeiro lugar, agradecemos a todos os pesquisadores que
enviaram artigos para o dossiê Moda, Sustentabilidade e Inclusão, que nós
tivemos o privilégio de organizar. Recebemos quinze artigos de elevado
nível de conhecimento, tivemos que selecionar seis para esta edição e
confessamos que não foi tarefa fácil, dado o amadurecimento de pesquisas
em Moda, Sustentabilidade e Inclusão, no nosso país. Em segundo lugar,
agradecemos também ao Conselho Editorial do Modapalavra e-periódico a
oportunidade de abrir espaço para a discussão da sustentabilidade, como
um tema contemporâneo, ambivalente, que “sacode” valores centenários e
constitutivos da própria moda, exigindo novos e urgentes posicionamentos.
O Grupo de Trabalho “Moda, Sustentabilidade e Inclusão’’ iniciou há
quatorze anos no Colóquio de Moda. Nos anos de Colóquio presencial, 2009
a 2019, constatamos o aumento exponencial na submissão de artigos para
o GT e nos pôsteres para a Iniciação Cientíca, quando o número total de
trabalhos selecionados, para a apresentação, cresceu onze vezes nesse
período, consolidando assim a adesão ao tema.
Há mais de uma década, portanto, a sustentabilidade atua como
um ímã, atraindo inquietações da academia, constrangimentos em relação
aos desperdícios, aos exageros, às impetuosas extravagâncias estéticas,
numa tentativa de educar a moda, sem jamais inibir a alegria da sua
criatividade. Quanto à inclusão, há que se insistir neste território, porque
os padrões estéticos - com raízes seculares - constituem as mais fortes
barreiras para a disseminação da moda universal. No período em questão,
acompanhamos mestrados, doutorados e pós-doutorados; organizamos
e publicamos livros com predominância de artigos e/ou capítulos sobre
sustentabilidade e inclusão; participamos de mesas-redondas, palestras;
inscrevemos artigos em congressos e periódicos, os quais contribuíram
para o debate da sustentabilidade na moda, bem como para que jovens
pesquisadores ampliassem sua visão, em relação à sustentabilidade, ao
considerarem nela as dimensões ambiental, social e econômica.
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Tudo isso constituiu um grande desao e, neste momento de
“colheita”, é imensa a nossa satisfação em apresentar os seis artigos deste
dossiê, que seguem duas congurações-mestras: modos de fazer e modos
de pensar. Os quatro primeiros artigos integram os modos de fazer, como o
próprio verbo sinaliza, e trazem projetos, ações e soluções encaminhadas
e testadas, que podem ser replicadas em outros contextos. Os dois
últimos conguram os modos de pensar e são relativos às mensagens de
sustentabilidade, em trânsito nos meios de comunicação, em revistas, sites
e nas redes sociais mais democráticas e interativas Para dar comodidade
ao leitor, sinalizamos a seguir uma pista sobre artigos aqui apresentados.
Na categoria “modos de fazer”, ordenamos os artigos em sequência,
na qual as áreas e os agentes envolvidos vão sendo ampliados em forma
estelar. O primeiro trata da sustentabilidade nas pequenas e médias
empresas têxteis e de confecção; o segundo envolve empresas, pessoas
físicas, Poder Público e novos negócios cooperativados de reciclagem; o
terceiro mostra projetos criativos compartilhados entre o grande designer e
comunidades de artesãos, buscando sustentabilidade e inclusão na moda;
o quarto pesquisa a utilização de novas matérias-primas em acessórios de
moda - trata-se de processo criativo sem fronteiras. Na categoria “modos
de pensar”, o quinto e o sexto artigos analisam como se dá a comunicação
da sustentabilidade na moda. Na sequência, apresentamos resumos e
comentários:
O artigo “Sustentabilidade industrial: manual de apoio à transição e
adequação de pequenas empresas” sinaliza que, apesar de as mudanças
ocorridas no setor têxtil, desde a Revolução Industrial, alguns paradigmas
– como o privilégio da produção em escala, em detrimento da redução da
qualidade e do tempo de vida dos produtos – continuam muito fortes, no
meio empresarial. Desta forma, os autores orientam os empresários para
iniciarem a transição à sustentabilidade com um manual de apoio, que
visa otimizar a gestão de resíduos e contribuir na adoção de processos
ecológico-ecientes e circulares, a m de promover a redução dos impactos
ambientais gerados pela moda. Julgamos esse manual de apoio bem-vindo
no meio empresarial, pois é uma maneira prática de incentivar mudanças
necessárias para a implantação da produção sustentável na moda.
A pesquisa de mais de cinco anos, na busca de solução sustentável
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– nas dimensões ambiental, social e econômica, para os descartes têxteis
industriais e no pós-consumo, na região de Londrina-PR, apresenta
exemplar resultado no artigo “Sistema socioambiental para a revalorização
de resíduos têxteis: histórico de desenvolvimento de um Banco de Resíduos
Têxteis (BRT)”. Esse sistema considera a gestão dos descartes têxteis
industriais e no pós-consumo; prevê a implementação de cooperativa
de catadores de materiais recicláveis, que “abre portas” para a oferta de
produtos e serviços no seu modelo de negócio, propiciando a geração de
trabalho e renda. Os resultados integram as contribuições das diferentes
etapas de pesquisa e são apresentados cronologicamente – o que favorece
o desenvolvimento de sistemas como BRT, para serem replicados por
outras instituições, nas demais regiões do País. Parabenizamos os autores
pela integração dos agentes: universidades, Poder Público, empresas e
empreendedores cooperativados, na solução de problemas complexos.
O artigo “A valorização e a inclusão de comunidades em projeto
de moda: coleções de Ronaldo Fraga” ênfase à dimensão social da
sustentabilidade. Os autores analisam duas coleções de Ronaldo Fraga,
com o objetivo de investigar como o designer valoriza e inclui comunidades
de artesãos em seus projetos de moda. A partir desta análise, demonstram
como o designer insere, em suas criações, discussões relevantes para a
sociedade, ao debater o modo de dar signicado à produção de moda,
ao mesmo tempo em que promove o consumo consciente e a valorização
cultural do próprio país, sendo a cultura considerada também a quarta
dimensão da sustentabilidade.
A investigação por materiais sustentáveis, em detrimento dos
convencionais, tem motivado pesquisadores mais inquietos, que buscam
inovação nas matérias-primas e nos processos. Exemplo contundente deste
fato está no artigo “Bolsa produzida a partir da casca do melão amarelo
tratada por via biotecnológica”. No contexto de soluções sustentáveis,
considerando a grande quantidade de descarte da agroindústria e as
pressões por mudanças, nas cadeias da indústria da moda, os autores
apresentam um novo material advindo das cascas do melão amarelo, que
recebem tratamento biotecnológico, com enzima celulase. As características
de maleabilidade e resistência, bem como a possibilidade de costura,
permitiram o desenvolvimento de um projeto de bolsa feminina. Esse artigo
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recebeu nosso destaque pela inovação.
O quinto artigo, A inuência das tendências de moda na aquisição
de artigos têxteis sustentáveis”, constrói ótima base teórica sobre atributos
do design, sustentada por referenciais reconhecidos. Os autores salientam
neste cruzamento de ideias a característica polisensorial do design
contemporâneo, onde as qualidades percebidas, além de provocarem os
cinco sentidos, costuram as relações cognitivas com pitadas de emoção. O
objeto de estudo para análise dos atributos do design é o birô da revista
UseFashion, inverno de 2022. O birô apresenta tecidos de várias tecelagens,
classica-os em quatro tendências, salientando os principais atributos
estéticos para serem aplicados em projetos de design para a moda. Esse
estudo teve como premissa vericar o aproveitamento e oferecer suporte
teórico para auxiliar os designers no processo de seleção de materiais,
ecologicamente sustentáveis, A preocupação não é apenas motivar o uso
de materiais sustentáveis no projeto de moda, mas disseminar entre o
público consumidor sua parcela de responsabilidade na escolha de marcas
e roupas, compromissadas com a diminuição dos impactos negativos na
saúde do Planeta.
No sexto artigo, “O discurso da sustentabilidade em sites de grifes
brasileiras, sob o olhar do design contemporâneo”, os autores analisam a
comunicação de duas grifes brasileiras e a apresentação de duas coleções
em cada uma delas. O foco da análise é compreender como as duas marcas
se apropriam e difundem a mensagem da sustentabilidade. Na conclusão,
os autores apontam que há uma diferença entre os estudos sobre
Design de Moda para Sustentabilidade e o que as empresas comunicam,
institucionalmente, sobre os atributos sustentáveis dos seus produtos. É
visível que há conhecimento e aplicação dos conceitos em certos níveis,
mas as informações disponibilizadas se mostram incompletas. Os autores
salientam a necessidade de alinhar o discurso à prática, no que se refere
à sustentabilidade na moda.É certo que os vieses da sustentabilidade
na moda, aqui apresentados, são importantes mas não têm a pretensão
de esgotar o tema. A sustentabilidade na moda requer atitudes como
consciência, abertura para mudanças e persistência. Este dossiê chega no
momento certo e mostra ações e discursos que impulsionam novas criações
e disseminações. Vamos aproveitá-lo.
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Desejamos a todos uma boa leitura.
Ana Mery Sehbe De Carli
Suzana Barreto Martins
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V.16, N.40 — 2023
DOI: http://dx.doi.org/10.5965/1982615x16402023004 E-ISSN 1982-615x
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Editorial V.16 N.40
Dra. Ana Mery Sehbe De Carli
PhD, Universidade de Caxias do Sul / sdecarli@terra.com.br
Orcid: 0000-0002-9168-0018/ Lattes
Dra. Suzana Barreto Martins
PhD, Universidade Estadual de Londrina / suzanabarreto@uel.br
Orcid: 0000-0002-4574-2441/ Lattes
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Dossier Edition - July/2023
Fashion, Sustainability and Inclusion Dossier
First of all, we would like to thank all the researchers who submitted
articles for the Fashion, Sustainability, and Inclusion dossier, which we had
the privilege to organize. We received fteen highly knowledgeable articles
and had to select six for this edition. We confess it was not an easy task,
given the maturity of research in Fashion, Sustainability, and Inclusion in
our country. Secondly, we would like to express our gratitude to the Editorial
Board of ModaPalavra e-periodical for providing the opportunity to discuss
sustainability as a contemporary and ambivalent topic that challenges long-
standing values and demands new and urgent perspectives in the fashion
industry.
The “Fashion, Sustainability and Inclusion” Working Group began
fourteen years ago at the Fashion Colloquium. During the face-to-face years
of Colloquium, from 2009 to 2019, we witnessed an exponential increase
in article submissions to the working group and posters for the Scientic
Initiation program. The total number of selected works for presentation
grew elevenfold during this period, solidifying the adherence to the theme.
For over a decade, sustainability has acted as a magnet, attracting the
concerns of academia, addressing issues of waste, excesses, and impulsive
aesthetic extravagances, all in an attempt to educate the fashion industry
without stiing the joy of creativity. Regarding inclusion, it is necessary
to emphasize this territory because aesthetic standards, deeply rooted in
tradition, present the strongest barriers to the dissemination of universal
fashion. During this period, we witnessed the completion of masters,
doctoral, and post-doctoral degrees. We organized and published books
predominantly focused on sustainability and inclusion. We participated
in panel discussions, lectures, and submitted articles to conferences and
journals, contributing to the sustainability discourse in fashion and expanding
the perspectives of young researchers by considering its environmental,
social, and economic dimensions.
All of this has posed a signicant challenge, and at this “harvest”
moment, we are immensely pleased to present the six articles in this dossier,
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which are divided into two main congurations: modes of doing and modes
of thinking. The rst four articles fall under the modes of doing, as the verb
itself suggests, presenting projects, actions, and tested solutions that can
be replicated in other contexts. The last two articles represent the modes
of thinking and focus on the messages of sustainability conveyed through
various media, such as magazines, websites, and more democratic and
interactive social networks. To facilitate the reading experience, we will
provide a brief summary of the articles presented here.
In the “modes of doing” category, we have arranged the articles
in a sequence that progressively expands the areas and agents involved,
forming a stellar pattern. The rst article discusses sustainability in small
and medium-sized textile and clothing companies. The second article
involves companies, individuals, the government, and new cooperatively
organized recycling businesses. The third article showcases creative projects
shared between renowned designers and artisan communities, seeking
sustainability and inclusion in fashion. The fourth article explores the use of
new raw materials in fashion accessories, representing a creative process
without borders. In the “modes of thinking” category, the fth and sixth
articles analyze how sustainability is communicated in the fashion industry.
Below, we provide summaries and comments on each article:
The article “Industrial sustainability: support manual for the transition
and adaptation of small businesses” indicates that despite the changes that
have occurred in the textile sector since the Industrial Revolution, some
paradigms, such as the emphasis on mass production at the expense of
product quality and lifespan, remain strong in the business environment.
Therefore, the authors provide guidance to entrepreneurs on initiating the
transition to sustainability through a support manual aimed at optimizing
waste management and promoting the adoption of ecologically ecient and
circular processes to reduce the environmental impacts generated by the
fashion industry. We believe that this support manual is welcomed in the
business community as a practical way to encourage necessary changes for
the implementation of sustainable production in fashion.
The research conducted over ve years in search of sustainable
solutions, addressing environmental, social, and economic dimensions
of industrial textile waste and post-consumer phase in the Londrina-PR
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region, presents exemplary results in the article “Socio-environmental
system for the valorization of textile waste: development history of a Textile
Waste Bank (TWB)”. This system considers the management of industrial
textile waste and post-consumer waste and proposes the implementation
of a cooperative for recyclable materials collectors, which opens doors
for the provision of products and services through its business model,
thereby generating employment and income. The results encompass the
contributions of dierent research stages and are presented chronologically,
favoring the development of systems like BRT that can be replicated by
other institutions in dierent regions of the country. We congratulate the
authors for the integration of various stakeholders, including universities,
the government, companies, and cooperative entrepreneurs, in solving
complex problems.
The article “The valorization and inclusion of communities in fashion
projects: collections by Ronaldo Fraga” emphasizes the social dimension
of sustainability. The authors analyze two collections by Ronaldo Fraga to
investigate how the designer values and includes communities of artisans
in his fashion projects. Through this analysis, they demonstrate how
the designer incorporates relevant social discussions into his creations,
promoting conscious consumption, cultural appreciation, and the meaningful
production of fashion, with culture considered as the fourth dimension of
sustainability.
The search for sustainable materials, as opposed to conventional
ones, has motivated researchers who seek innovation in raw materials and
processes. A striking example of this is found in the article “Bag produced
from yellow melon peel treated by biotechnological means. Within the
context of sustainable solutions and considering the signicant amount of
agricultural waste and pressures for change in the fashion industry’s supply
chains, the authors present a new material derived from yellow melon peels
that undergo biotechnological treatment using cellulase enzymes. The
malleability, strength, and sewing capabilities of this material have allowed
the development of a women’s bag project. This article stands out for its
innovation.
The fth article, “The inuence of fashion trends on the acquisition
of sustainable textile products,” establishes a strong theoretical foundation
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on design attributes, supported by recognized references. The authors
highlight the multisensory nature of contemporary design, where perceived
qualities not only engage the ve senses but also connect cognitive
relationships with emotional aspects. The study focuses on analyzing the
design attributes of the UseFashion magazine’s winter 2022 bureau. The
bureau showcases fabrics from various textile manufacturers, classifying
them into four trends and emphasizing the key aesthetic attributes to be
applied in fashion design projects. The premise of this study is to assess
the utilization and provide theoretical support to assist designers in the
process of selecting ecologically sustainable materials. The goal is not only
to encourage the use of sustainable materials in fashion projects but also
to disseminate among the consumer public their share of responsibility in
choosing brands and clothing committed to reducing negative impacts on
the planet’s health.
In the sixth article, “The discourse of sustainability on websites of
brazilian fashion brands from the perspective of contemporary design,” the
authors analyze the communication of two Brazilian fashion brands and the
presentation of two collections by each brand. The focus of the analysis is
to understand how these brands appropriate and disseminate the message
of sustainability. In their conclusion, the authors point out that there is a
dierence between studies on Fashion Design for Sustainability and what
companies communicate institutionally regarding the sustainable attributes
of their products. It is evident that there is knowledge and application
of these concepts to some extent, but the information provided appears
incomplete. The authors emphasize the need to align discourse with practice
when it comes to sustainability in fashion.
It is certain that the biases of sustainability in fashion presented
here are important but do not intend to exhaust the topic. Sustainability
in fashion requires attitudes such as awareness, openness to change, and
persistence. This dossier arrives at the right time and showcases actions
and discourses that drive new creations and disseminations. Let’s make the
most of it.
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We wish you all great reading.
Ana Mery Sehbe De Carli
Suzana Barreto Martins