Inteligência artificial na fotografia: o esvaziamento do caráter documental na produção de imagens-fluxo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/25944630812024e4843

Palavras-chave:

fotografia , pós-fotografia, inteligência artificial, registro fotográfico

Resumo

O presente artigo discute as relações estéticas que permeiam a produção fotográfica. Neste sentido, o trabalho provoca uma reflexão acerca das transformações técnicas e mecânicas que condicionam o papel da imagem fotográfica enquanto mecanismo de interpretação, registro, documentação, e – inevitavelmente - de construção da realidade. Com esta concepção, busca-se observar de que forma as estruturas digitais influenciam e impactam na percepção imagética do real. Nesta pesquisa, verificaremos que o caráter documental, evocado por meio dos processos da fotografia analógica, passa por uma dinâmica de esvaziamento a partir das apropriações digitais, de forma a propor um descolamento com relação ao conceito de registro. Na fotografia produzida por aplicativos de Inteligência Artificial, analisaremos de que forma a construção de imagens, por meio de processos generativos desencadeados como respostas às solicitações de usuários em linguagem comum, apropria-se de um repertório constituído das experiências de realidade de outras imagens, para criar uma janela para uma dimensão impossível. Assim, este trabalho busca vislumbrar o processo de rompimento da materialidade documental da imagem fotográfica, em meio às problemáticas contemporâneas da imagem digital.

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Biografia do Autor

Matheus Tagé, Centro Universitário Belas Artes de São Paulo

Pós-Doutor em Comunicação pela UNESP. Doutor em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi. Coordenador do curso de Jornalismo do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. É jornalista e colunista do Jornal A Tribuna de Santos.

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Publicado

2024-02-09

Como Citar

TAGÉ, Matheus. Inteligência artificial na fotografia: o esvaziamento do caráter documental na produção de imagens-fluxo. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, Florianópolis, v. 8, n. 1, 2024. DOI: 10.5965/25944630812024e4843. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/ensinarmode/article/view/24843. Acesso em: 19 nov. 2024.