Rastros neoliberais no currículo de um curso de Design de Moda do interior do Rio Grande do Sul

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DOI:

https://doi.org/10.5965/25944630412020010

Resumo

Este artigo tem por objetivo entender como a governamentalidade neoliberal está presente no Projeto Pedagógico e nas ementas das disciplinas do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda ofertado pelo do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) Campus Erechim. Parte-se de dois pressupostos: a) os currículos dos cursos acadêmicos são construídos a partir de determinadas abordagens e perspectivas teóricas e acabam por ensinar mais do que os conteúdos pretendidos: eles ensinam o estudante a ser e estar no tempo presente; b) a lógica neoliberal permeia múltiplos espaços socioculturais e se traduz, no currículo do referido curso, na ênfase à autonomia dos sujeitos, no imperativo da inovação, da concorrência e da flexibilização das mentes e do tempo de trabalho. Tais características – tidas como desejáveis nos sujeitos na contemporaneidade – direcionam as ações, as vontades e os desejos de docentes e discentes. É interessante perceber como a lógica neoliberal está presente nesses documentos a fim de formar os alunos orientando-os, primariamente, para o mercado.Este artigo tem por objetivo entender como a governamentalidade neoliberal está presente no Projeto Pedagógico e nas ementas das disciplinas do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda ofertado pelo do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) Campus Erechim. Parte-se de dois pressupostos: a) os currículos dos cursos acadêmicos são construídos a partir de determinadas abordagens e perspectivas teóricas e acabam por ensinar mais do que os conteúdos pretendidos: eles ensinam o estudante a ser e estar no tempo presente; b) a lógica neoliberal permeia múltiplos espaços socioculturais e se traduz, no currículo do referido curso, na ênfase à autonomia dos sujeitos, no imperativo da inovação, da concorrência e da flexibilização das mentes e do tempo de trabalho. Tais características – tidas como desejáveis nos sujeitos na contemporaneidade – direcionam as ações, as vontades e os desejos de docentes e discentes. É interessante perceber como a lógica neoliberal está presente nesses documentos a fim de formar os alunos orientando-os, primariamente, para o mercado.

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Biografia do Autor

Priscila Gil Wagner, Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Erechim Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil

Mestranda do Programa de Pós-graduação em Educação na Universidade Luterana do Brasil. Graduada em Design de Moda e Tecnologia pela Universidade Feevale (2009). Especialista em Marketing de Moda pela ESPM - Porto Alegre (2011). Atualmente atua como professora do Instituto Federal de Educação Campus Erechim.

Daniela Ripoll, Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil

É graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998), Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2001) e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005), com Doutorado Sanduíche pela University of Plymouth (2004). Foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil (2009-2010) e, atualmente, é professora permanente e membro da Comissão Coordenadora do referido Programa. 

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Publicado

2020-02-01

Como Citar

WAGNER, Priscila Gil; RIPOLL, Daniela. Rastros neoliberais no currículo de um curso de Design de Moda do interior do Rio Grande do Sul. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, Florianópolis, v. 4, n. 1, p. 11–29, 2020. DOI: 10.5965/25944630412020010. Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/ensinarmode/article/view/16355. Acesso em: 17 nov. 2024.